terça-feira, dezembro 06, 2005

Aqueles que agem nas sombras, e tem nas mentiras suas armas




Esquecendo a conotação dualista das palavras, sombras em comparação a luz, o titulo acima fala dos dissimulados, dos covardes e daqueles que tem nas suas múltiplas mascaras os poderes com os quais buscam submeter as pessoas.
Gente que escreve anônimo, e se escondem em vários nicknames, circulam, xeretam, buscam pontos fracos e criam situações onde com suas línguas insidiosas introduzem mentiras em verdades transformando no verdadeiro em falso.
Um exemplo claro disso é um e-mail que recebia há semanas de uma ex namorada. Deixando bem claro que havíamos terminado numa boa e que mantínhamos um excelente relacionamento de amizade, que por si só reduzia e praticamente eliminava a dor da perda.
Pois bem, passados 3 meses do termino do namoro, eu percebi que do nada, apareceu um crescente clima de animosidade, e que algumas pessoas do meu relacionamento, passaram a me contar coisas que ela havia dito, (e como eu disse acima) entremeando verdades com mentiras, ou seja tinham bases verdadeiras, embora o resultado final resultasse em situações constrangedoras. Pois bem, e nós que já nem mesmo namorávamos, passamos de uma boa amizade para uma situação de beligerância, que durou praticamente 2 anos, até que os caminhos se separassem.
Passada a mágoa, creio que aos dois bateu saudade, não exatamente a saudade do relacionamento, mas sim das conversas, dos ideais e pesquisas comuns, afinal buscávamos a mesma coisa, um neopaganismo, muito maior que a apenas os aspectos religiosos, pois ambos viam, que mais religião o paganismo era uma cosmovisão, uma maneira de ver o mundo, algo como um movimento social e cultural, que resgataria valores pagãos e ancestrais, que o milênio de domínio do cristianismo e da sociedade dominadora que vivemos, nos impuseram.
Bem, no resumo da opera, houve algumas tentativas de resgatar este trabalho, mas neste período de resgate apareceram algumas magoas, que não haviam cicatrizado, e neste período começamos a descobrir que muitas destas magoas eram causadas por mentiras e fofocas. Algumas destas tão fortes que pareciam impossíveis de serem curadas.
Assim esta mensagem de semanas atrás, começa com um desabafo, carregado de raiva e dor, mas termina com uma possibilidade de paz. Uma paz cuidadosa e delicada, que precisaria ser levada com cuidado e com a revelação de todas as verdades, que olhadas por ambos poderia fazer sentido, e apontasse o que nunca falamos.
Um recomeço do que mais nos unia, a paixão por livros e história e as viagens que conseguíamos fazer quando discutíamos, (e eram discussões que muitas vezes durava semanas) quando os dois saiam enriquecidos e correndo em direção a uma biblioteca ou livraria se abastecendo de mais livros, para aprofundar as pesquisas.
Pois bem, no final da mensagem ela pedia que eu de coração pedisse desculpas por algo que eu tenho certeza não ter dito, ou pelo menos não disse na maneira ofensiva com a qual a versão superou o fato.
Apesar de não ter do que me desculpar, passei estas ultimas semanas, vendo de certa forma isto acontecer novamente, e já foram varias as vezes que isto ocorreu aqui na rede, onde pessoas sem rosto e com desvios de caráter, mentem e dissimulam tão bem, em busca de objetivos escusos e com inveja, deliberadamente buscam minar amizades e amores.
Pensei melhor e percebi que ainda existem amigos e amigas que perdi nestes 8 anos de vida virtual, por causa das maledicências e neste momento onde busco minha vida real, na verdade uma vidinha careta com a pessoa que amo, com poucos amigos sinceros e sem guerras estúpidas.
Então, minha amiga, independente do que eu tenha dito ou não dito, me desculpe, se por acaso algo que eu falei ou não falei, tenha te magoado, é realmente de coração, e publicamente, que eu peço que me perdoe.
É hora de desmascarar as falsidades e as provocações, vamos separar o joio do trigo, e deixar que a Ceifadora faça o seu trabalho, e cuide dos que se escondem nas mascaras.