terça-feira, agosto 25, 2009

Maryann Forrester



Ou a Bacante comportada de True Blood.


Até agora nada contra a série da HBO, pelo contrário, adoro a série... Tanto que não aguentei esperar até o fim para baixar a segunda temporada inteira e ver tudo de uma vez só. Domingão nublado alguns filmes suspeitos e cinco episódios já baixados com legenda e prontos para ver. A alternativa foi baixar mais 4 e ver os nove disponíveis.

Continuo achando a série fantástica com uma visão extremamente criativa do mundo do invisível e sobrenatural. Onde os mitos e fantasias convivem no mundo real buscando a compreensão dos humanos, afinal como dizem os vampiros menos radicais: nada contra os humanos, mas, precisávamos nos alimentar.

Nesta segunda temporada onde os radicais de ambos os lados armam a guerra entre humanos e vampiros, os demais personagens como os metamorfos encaram a fúria de Maryann Forrester uma bacante imortal, segundo uma de suas seguidoras, busca restaurar os cultos orgiásticos “levados pelo entusiasmo, inspirados” em Bon Temps, Louisiana.

Claro, que sendo uma série, com roteiro feito por americanos a coisa descamba e falta um bocado de informações como a história de comer corações humanos em tortas ou em outros alimentos cozidos. Ou tirar o coração com uma faca ritual. Nos cultos originais, poucas vezes se comia carne humana, eram animais que eram dilacerados com as mãos e sua carne e órgãos eram comidos crus e ainda pulsantes.

A omofagia é hábito ou prática de comer carne crua e uma das principais características do culto dionisíacos, portanto ela picando e salteando o coração com temperos na frigideira é totalmente absurdo, assim como identificar Dionísio, um deus com chifres, com o demônio cristão é uma verdadeira aberração.

No geral, excluindo os desvarios acima e mais o fato da basáride Maryann, se vestir como uma sacerdotisa da wicca, e não estar no figurino de uma mênade, que participava dos cultos rasgando suas roupas e arranhando seu corpo com as unhas a ponto de verter sangue e ter os cabelos desgrenhados, o que me incomodou um pouco, a visão do poder dionisíaco tomando uma cidade de assalto, e espalhado a loucura e a liberdade entre o povo é muito interessante e forte. E o culto onde a identidade e os preconceitos se perdem juntamente com as roupas deixadas pelo caminho e a percepção dos conceitos morais e estéticos são eliminados. Velhos e moços, gordos ou magros, feios e bonitos se entregam a orgia e aos próprios instintos é realmente verdadeiro, pois para Dionísio todos são iguais.

segunda-feira, julho 27, 2009

Perdidos no labirinto...



Sempre que vem uma desvairada vontade de um suicídio virtual, escuto pelas paredes de pedra, ecos de palavras gritadas aqui e ali, quando alguém se identifica com um conto, um mito ou uma idéia que rabisquei pelas paredes. O estranho é que são antigos grafites que nem mesmo eu lembrava de ter gravado nas pedras virtuais deste labirinto.
Quer vocês saibam ou não da minha vontade de deletar tudo, cada vez que alguém grita ou gosta de algo que escrevi eu percebo que nem tudo está perdido existe ainda uma esperança para a rede, além de ser um bom instrumento de pesquisa.
Como disse por aí um dia destes, por parar de escrever na rede escrevi um livro. Ou seja se escrevo só pra mim, me torno mais produtivo.
O que eu realmente eu gostaria que acontecesse é que estes que se perdem por estes corredores, se manifestassem, não apenas para elogiar, mas também para criticar, dar palpites, querer se aprofundar ou conhecer minhas fontes.
Mas infelizmente estamos num labirinto, e no labirinto as pessoas não se encontram, entram no labirinto para se perder, as vezes se perder a si mesmos. Ninguém está aqui pra fazer festinhas ou confraternizar, quem está por aqui se perdeu buscando o encanto da mitologia, o fascínio por histórias contadas há milênios, que ainda que sempre sejam recontadas, sempre guardam em si um mistério profundo, um terror que vem do proibido e uma curiosidade que vem da alma imortal e eterna.
Bem... na verdade eu queria agradecer as pessoas que se perdem aqui no labirinto e me fazem lembrar de coisas que escrevi.

quarta-feira, junho 17, 2009

Meu ultimo Nono chegou da Espanha!

Foram anos de espera, o primeiro eu achei que era único , mas não eram apenas os cantos de I a XII, foram mais 3 anos até traduzirem para o espanhol o segundo volume Cantos de XII a XXIV. Mais quatro anos até traduzirem o 3º com os cantos de XXV a XXXVI e finalmente agora depois de 11 anos foi lançado na Espanha 4º volume das Dionisíacas com os cantos de XXXVII a XLVII.
Por não agüentar esperar, fiz uma triangulação com uma amiga de uma amiga que mora em Zaragoza, que teve que esperar o livro vir de Madrid, comprar e me enviar.
Agora ele chegou, tenho os 48 cantos do ultimo épico pagão escrito no mundo. E tenham certeza tenho muito orgulho disso, afinal foi do Nono que o Roberto Calasso tirou as partes mais Poéticas do Núpcias de Cadmo e Harmonia.
É uma delicia não apenas poder ler, mas taurinamente poder dizer: é meu!
Junto com o Diálogos dos Deuses e o Dialogo dos Mortos do Luciano de Samósata, As Dionisíacas de Nono de Panópolis são meus clássicos queridos, juntamente com Ovídio.
Realmente estou muito feliz.

quinta-feira, maio 28, 2009

Libação




De Elisa Lucinda

É do nascedouro da vida a grandeza.
É da sua natureza a fartura
a ploriferação
os cromossomiais encontros,
os brotos os processos caules,
os processos sementes
os processos troncos,
os processos flores,
são suas mais finas dores
As conseqüências cachos,
as conseqüências leite,
as conseqüências folhas
as conseqüências frutos,
são suas cores mais belas
É da substância do átomo
ser partível produtivo ativo e gerador
Tudo é no seu âmago e início,
patrício da riqueza, solstício da realeza
É da vocação da vida a beleza
e a nós cabe não diminuí-la, não roê-la
com nossos minúsculos gestos ratos
nossos fatos apinhados de pequenezas,
cabe a nós enchê-la,
cheio que é o seu princípio
Todo vazio é grávido desse benevolente risco
todo presente é guarnecido
do estado potencial de futuro
Peço ao ano-novo
aos deuses do calendário
aos orixás das transformações:
nos livrem do infértil da ninharia
nos protejam da vaidade burra
da vaidade "minha" desumana sozinha
Nos livrem da ânsia voraz
daquilo que ao nos aumentar
nos amesquinha.
A vida não tem ensaio
mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade:
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores
Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!

quarta-feira, abril 29, 2009

5.7 gasta mais, mas compensa

Eu nunca achei que ia viver muito...
Gloria rápida e vida intensa são bem melhor que uma vida enfadonha e longa.
Viver 10 anos a 1.000 km/h é mais interessante que viver 1.000 anos a 10 km/h, era exatamente assim que eu pensava (e ainda penso), tinha certeza na adolescência que não emplacaria os vinte anos.
Mas os deuses não queriam assim, e completei os vinte anos dizendo que não confiava em ninguém com mais de Trinta (e ainda não confio) e continuei, a toda, morro antes dos trinta.
Mas as moiras haviam trançado um fio mais longo para mim. E o tempo foi passando e eu fui envelhecendo contra minha vontade. Ou melhor, meu corpo foi envelhecendo, será ? Ainda gosto do meu corpo. Algumas rugas, mas o espelho ainda pisca pra mim.
Na cabeça continuo um moleque, que se espanta quando completa 57 anos, meu pai morreu com 56 e minha filha teve um filho, como eu posso ter chegado a isto? Cinquenta e sete anos e avô! Devo estar velho! Caraca!
Mas continuo levando a vida a mil, há quarenta e tantos anos, que faço o que posso e o que não posso pra viver tudo que é possível. Amo a vida!
Não sei quando vou parar de ser o moleque que queria abraçar o mundo e conhecer tudo o que pudesse.
Tem tanta coisa ainda pra fazer, tantos livros pra ler, tantas coisas pra escrever e tanta vida ainda a viver... Quem sabe ainda consigo fazer uma tia, mais nova, para o filho da minha filha. Quem sabe o que as tecelãs fiaram pra mim?
Eu não sei, mas confesso:
Vou continuar vivendo a toda!
Azar de quem não vive!




terça-feira, março 31, 2009

Já que falei das maçãs...

Porque não falar também das romãs para Deméter e Perséfone?

Bem... Romã é outro fruto de verão e é deste a antiguidade associado às paixões e a fecundidade e a fidelidade, portanto se associarmos a romã a alguma deusa é claro que devemos oferta-las a Afrodite e a Hera, já que ambas dividem os atributos da fruta.
Mas... como vão dizer muitos, a Romã está associado ao mito de Perséfone. Está sim mas de forma negativa para estas duas deusas, já que a Romã foi oferecida a Perséfone por Hades, que sabia que se ela comesse algum alimento no mundo subterrâneo ficaria presa a este.
Perséfone comeu distraidamente 3 ou 4 sementes, coisa que de cara nos mostra que romã não era um de seus frutos prediletos, se o fosse teria comido a fruta toda. Será que ela aceitaria de bom grado uma oferenda de romãs?
Deméter ficou desesperada por sua filha ter sido raptada, como será que ela se sente em relação a Romã, que obriga que sua filha passe um 1/3 do ano longe dela? Não, não creio que agradaríamos Deméter oferecendo romãs para ela, no mínimo só conseguiríamos irritá-la.
Para Deméter devemos oferecer pães e cereais, coisas que ela nos dá e que devemos de bom grado devolver a ela uma parte para que nunca nos faltem e para Perséfone flores como a papoula e o hibisco, ou ramalhetes de flores do campo, pois mais que a Rainha de Hades ela é a renovação da terra, o inicio da primavera.



Outono – Tempo de Maçãs


Sim, a onipresente maçã que durante todo o ano, freqüenta todos os rituais, celebrações e feitiços, como se fosse uma arvore perene que pusesse flores e frutos o ano inteiro.

Nos rituais de Outono, que como aprendemos na escola é o tempo das colheitas, nada mais alegraria Ceres que uma oferenda de maçãs. Isto seria correto, se Ceres/Deméter fosse a Deusa dos Frutos. Porém o que parece que muitos esquecem é que Ceres como o seu próprio nome indica é a deusa dos Cereais, dos grãos, alimentos e não a deusa da sobremesa.

Mas a maçã é tão linda, vermelha como o fruto do pecado, também é ofertada a Afrodite, a Deusa da beleza das delicias e das doçuras e que por isto também não vai gostar da acidez da maçã, principalmente destas maçãs nacionais pequenas e ácidas.

Também, não sei porque, as maçãs estão presentes em todos os feitiços, acredito que seja uma influencia da madrasta da branca de neve, que era bruxa e como o neopaganismo, segundo dizem está ligada a bruxaria, isto explica a universalidade da maçã no paganismo moderno.

Porém o que todos esquecem é que a Maçã é fruta de verão, a safra das maçãs, aquelas vermelhas e lindas acontece no hemisfério sul nos meses de novembro e dezembro e geralmente são resfriadas e congeladas para serem vendidas durante o ano inteiro. Em março temos apenas as maçãs Fuji e Gala, também conhecidas como Maçãs brasileiras.

Oras, a macieira é originária de regiões de clima frio e exige temperaturas baixas durante o período que antecede o florescimento, para que ocorra a indução de floradas abundantes. Como então estas maçãs brasileiras dão frutos no final do verão, simples foram modificadas geneticamente através de enxertos e adaptações. Portanto, não foram criadas pela natureza.

A bruxaria segundo dizem é a religião da natureza, a grande mãe. Como então é possível que se ofereçam de volta a esta força criadora Frutos que passaram meses congeladas, ou que não se adaptariam ao nosso clima?

Mistérios profundos do paganismo nacional, possivelmente classificados como segredos de iniciação.

sexta-feira, março 27, 2009

Desculpe, mas pensei que você fosse Jesus!



Começou assim um insólito dialogo, na rua de casa. 
Infelizmente meus cabelos ainda não cresceram o suficiente para prender um rabo de cavalo, e sou obrigado a andar com eles soltos. E vi que de repente uma mulher que distribuía folhetinhos na calçada parou estática olhando para mim, e quando me aproximei ela puxou conversa com a frase acima.

– Sou não, ele era mais novo! Respondi prontamente.
– Mas se parece com ele.
– Não, ele era mais louro e não tinha barba branca.
– Mas queria ser como ele? Não queria ? insistiu a moça
– Imagina, ele morreu moço. Além de que, aqueles pregos na mão e coroa de espinhos devem ter doido um bocado.
– Mas ele ama você.
– Mas, eu sou casado.
– Ele ama assim mesmo.
– É, mas eu sou hetero, só amo mulheres.
– Ele quer que você encontre com ele.
– Desculpe mas não vai dar, não marco encontro com homens, e atualmente nem com mulher, já te disse que sou casado.
– Olha vou te dar o endereço, está aqui neste papel, e me ofereceu o folhetinho...
– Não obrigado, não tenho interesse.
– Pegue, se você não tiver tempo, aí tem o programa dele na televisão.
– Ele está fazendo programas?
– Sim!
– Agora que não pego seu papelzinho, ele é gay e ainda faz programas?
– É porque ele ama você.
– Desculpe novamente, mas tenho que ir embora, não tenho menor interesse em fazer programa com Jesus.
– Então apareça na igreja e lá a gente conversa mais um pouco.
– Ué! ... Você também faz programas? 
– Não, eu não, mas você é bonito.
– Obrigado, respondi sorrindo. Não quero pegar seu folhetinho e segui caminhando com ela de olhos compridos me vendo ir embora.

Não se fazem mais evangélicos como os de antigamente, nem brigam mais... estão mais afins de um programa.




terça-feira, março 24, 2009

Lilith


Lilith era sexualmente fria, e seu marido em parte o sabia, apesar das simulações dela… Eles estavam sentados ali, juntos, e ela a olhava com uma expressão de suave tolerância, a mesma que costumava manter diante das crises dela, crises de egotismo, de autocensura, de pânico. A todos os seus dramáticos comportamentos, ele respondia com inabalável bom humor e paciência.Ela sempre enfurecia-se sozinha, irritava-se sozinha, suportava sozinha suas intensas convulsões emocionais, das quais ele nunca participava. Possivelmente, tratava-se de um símbolo de tensão que não ocorria entre eles sexualmente. Ele recusava todos os seus primitivos e violentos desafios e hostilidades, recusava-se a entrar com ela nessa arena emocional e a reagir à sua necessidade de ciúmes, temores, conflitos.Talvez se ele tivesse aceitado seus desafios e jogado os jogos que ela gostava de jogar, talvez então ela poderia ter sentido sua presença com um impacto bem maior do que o meramente físico. Mas o marido de Lilith não conhecia os prelúdios do desejo sensual, não conhecia nenhum dos estimulantes que certas naturezas selvagens reclamam e, desse modo, em vez de responder-lhe tão logo visse seus cabelos se eriçarem, seu rosto mais vívido, seus olhos como duas tochas de fogo, seu corpo inquieto e impaciente como o de um cavalo que aguardasse o início da corrida, ele se refugiava atrás do muro da compreensão objetiva, dessa tranqüila e irritante atitude de aprovação com a qual as pessoas olham para um animal no zoológico e riem de suas momices, sem penetrar em seu estado interior.

Era isso que deixava Lilith num estado de isolamento - na verdade, como um animal selvagem em pleno deserto. Quando ela se enfurecia e sua temperatura subia, o marido simplesmente deixava de existir. Ele mais parecia uma branda divindade que a olhasse dos céus e aguardasse que sua fúria se exaurisse por si mesma.

Se ele, feito um animal igualmente primitivo, surgisse na outra extremidade desse deserto, encarando-a com a mesma tensão energética nos cabelos, na pele e nos olhos, se surgisse com o mesmo corpo selvagem, pisando fortemente e procurando um único pretexto para dar o bote, enlaçar-se furiosamente, sentir o calor e a força de seu oponente, então eles poderiam rolar juntos pelo chão e as mordidas poderiam tornar-se de outra espécie, e a luta se transformaria num abraço, e os puxões de cabelo fariam com que suas bocas, seus dentes e suas línguas se unissem.

E, devido à fúria, seus órgãos genitais se roçariam mutuamente, soltando faíscas, e os dois corpos sentiriam a necessidade de penetrar um no outro para pôr um fim nessa formidável tensão.

Do livro Delta de Vênus de Anais Nin


segunda-feira, março 23, 2009

Merlin - A Série.


Há algumas semanas vi a série Merlim produzida pela BBC, assisti inteira de uma só tacada num fim de semana.
Apesar de que quando passar por aqui muita gente vai reclamar dela contar o mito de uma maneira não ortodoxa , e que aparentemente, se isto fosse feito por Holywood, seria algo difícil de engolir.
Mas, a BBC conseguiu, apesar da liberdade, manter uma história coesa e com todos os principais ensinamentos de como se iniciar na magia intactos.
Um bom divertimento com um Merlin adolescente, meio nerd e orelhudo contracenando com um Artur adolescente, bonitão forte e meio burro e arrogante, e se fundirem como as duas faces de uma moeda.
Vale a pena ver se divertir. A torrent série esta no site www.eztv.it, portanto vocês precisam baixar o bit comet antes e as legendas no www.podnapisis.pontoseiláoque (vejam no google)

quarta-feira, março 18, 2009

Mito – Texto, Contexto e Metáforas



Lendo o livro de Borges “História da Eternidade” de 1938, no segundo capítulo “As Kennigar”, encontro algo que por mais tentasse explicar nos meus textos eu não conseguia. Como explicar para pessoas que se interessam pela mitologia e pela religiosidade pagã, que não podemos seguir os textos clássicos ao pé da letra, ou melhor ao pé da tradução, já os originais destas fontes primárias foram escritos em grego ou latim, por homens da idade do bronze, do ferro e da antiguidade e que portanto os escritos faziam muito mais sentido para os humanos da idade do bronze, ferro e etc...

Creio que inadvertidamente, já falei várias vezes que para entender a mitologia grega deveríamos voltar a ser gregos da Idade do Bronze, ou seja, eliminarmos camadas e camadas culturais e por que não tecnológicas, para compreendermos o que, por exemplo, Homero queria dizer em seus versos...

leia o texto completo http://www.tribosdegaia.org/gwydyondrake/drake30.html

quinta-feira, março 05, 2009

Aborto da Natureza

Por vezes a natureza rejeita sua própria criação, de tantas coisas que a natureza engendra, algumas não vingam. Infelizmente algumas destas malformadas criações insistem em nascer, como no caso do Arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto sofrido por uma menina de 9 anos, prenhe de gêmeos, após ser abusada sexualmente pelo padrasto.

A menina de 9 anos corria risco de vida, e qualquer idiota deve saber que uma criança não tem maturidade para ser mãe. Porém o Arcebispo é tão idiota que prefere seguir uma norma imbecil da igreja de manter a proibição do aborto mesmo em caso de estupro.

O padrasto da menina, um animal que deveria, assim como o arcebispo, ter sido abortado antes de nascer, saí ileso da condenação da igreja católica, e possivelmente por estupidez das leis brasileiras, sairá também livre da justiça dos homens, já que é primário.

Sou totalmente contra estes abortos da natureza humana, pessoas como este padrasto, deveriam ser castrados, para evitar que cometa outros atos de pedofilia, pois é claro que mais dia menos dia ele vai reincidir no crime.

A igreja católica já gasta milhões na defesa de seus padres pedófilos, agora vemos que a igreja defende também os pedófilos profanos. Será que tudo isto é uma interpretação errada das palavras do carpinteiro:

Vinde a mim as criancinhas.