quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Quem fica no sufoco é o consumidor e não o Planeta


Por mais que se retirem as sacolinhas práticas do supermercado, não tiraremos o planeta do sufoco. A prefeitura de São Paulo Por exemplo exige que o lixo seja colocado na rua embalado em sacos plásticos. Portanto este acordo dos supermercadistas com o governo estadual, alem de inconstitucional, por ferir a lei federal e o código de defesa do consumidor, onde o comerciante é obrigado a fornecer gratuitamente embalagem ao consumidor.

Quem ganha com isto além dos Supermercadistas, que já tinham incluído o preço das sacolinhas nos seus custos, o que já era contra o código do consumidor, pois as sacolinhas não eram gratuitas, seu preço já estava incluído em tudo o que comprávamos...

Agora os supermercados, eliminam as sacolinhas, não reduzem seus custos e ganham vendendo sacos de lixo, ou as mesmas sacolinhas que sufocavam o planeta para carregar compra.

Portanto em nada adianta para o planeta este esforço de propaganda da ABAS. Associação Brasileira de Supermercados, ao invés de tirar o planeta do sufoco este acordo com uma secretaria do governo de São Paulo, só coloca, como sempre, o cidadão consumidor no sufoco, que paga as contas dos lobys e corrupções dos governos em qualquer instancia.

A solução como veremos abaixo não é ceder as caixas vazias para transportamos nossas compra, como veremos mais abaixo, num projeto de lei de um vereador de São Paulo. A solução vira, se os associados da ABRAS, usarem sacolinhas como o próprio governo de São Paulo tem usado como vocês viram no início deste post, Recicladas e bio-degradáveis que se decompõem em 18 meses.

Afinal os governos em todas as esferas, deve imediatamente parar de sufocar os cidadões, consumidores e pagantes de imposto, que já são por demais onerados.

Veja agora a Bondade dos supermercados oferecendo caixas de papelão usadas:

PROJETO DE LEI 606/11

do Vereador Francisco Chaga

“Dispõe sobre a proibição do uso de caixas de papelão usadas para embalar compras no varejo e supermercados no Município de São Paulo

A CÂMARA MUNICIPIAL DE SÃO PAULO, decreta:

Artigo 1º - Fica proibida no âmbito do Município de São Paulo a utilização de caixas de papelão usadas para embalar compras em mercados, mercearias, quitandas, supermercados, hipermercados, açougues, bares, restaurantes, padarias, congêneres e todo e qualquer estabelecimento comercial do Município de São Paulo.

Artigo. 2º - A empresa que violar ou, de qualquer forma, concorrer para violação do disposto nesta lei estará sujeita à advertência, multa de 1000 (mil) UFMs, suspensão da atividade por 5 (cinco) dias e fechamento definitivo, conforme as reincidências, a serem regulamentas pelo órgão competente no prazo de 60 (sessenta) dias da data de sua publicação.

Artigo 3º - Compete aos órgãos municipais de fiscalização e de vigilância sanitária.

Artigo 4º - O Poder Executivo regulamentará esta lei, no que couber, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da sua publicação.

Artigo 5º - Esta lei entrará em vigor ria data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Às Comissões competentes”.

“JUSTIFICATIVA

Tem se tornado prática corrente o fornecimento “gratuito” por parte de estabelecimentos comerciais de caixas de papelão já utilizadas originalmente para seus clientes transportarem suas compras. O que aparentemente pode parecer, à primeira vista, preocupação com o meio ambiente, na verdade é mais uma estratégia daqueles estabelecimentos em se livrar do encargo e da responsabilidade de dar uma destinação adequada aquelas caixas.

O que ocorre entretanto com a utilização destas caixas de papelão já usadas, é um elevado risco à saúde pública, pois estudos científicos mostram que, com relação à contaminação por bactérias, as caixas de papelão apresentam maior quantidade de baterias quando comparadas com outras possibilidades de transporte de mercadorias, como por exemplo as sacolas plásticas e com as chamadas ecobags (sacolas de pano).

Nas caixas de papelão foram verificados que 80% das amostras apresentaram coliformes totais, 62% das amostras apresentaram coliformes fecais e 56% Escherichia coli, além de fungos, bolores e leveduras.

As caixas de papelão revelaram ainda elevada carga microbiana quando por exemplo, comparadas às sacolas plásticas (cerca de 8X mais para bactérias e 12X mais para fungos), além da presença de bactérias do grupo coliforme e inclusive Escherichia coli. Estas contaminações podem ser oriundas da própria matéria prima dessas caixas, mas também das condições de armazenamento quando ainda com seus produtos originais ou até mesmo do armazenamento nos estoques para seu reaproveitamento. As caixas são, em alguns casos, verdadeiros berços de insetos de todo tipo.

Some-se ainda às bactérias, fungos, carga microbiana, insetos etc, a possibilidade do contato de produtos de limpeza armazenados nas caixas de papelão com os alimentos adquiridos e transportados pelo consumidor nas mesmas caixas “gratuitamente” fornecidas pelos estabelecimentos.

Além da séria questão de saúde envolvida na utilização de caixas de papelão, outro ponto relevante é o fato de que os estabelecimentos comerciais são responsáveis pelo gerenciamento e destinação adequada dos resíduos sólidos gerados pelas suas atividades, e fornecendo para os consumidores as caixas de papelão para serem reutilizados, os supermercados estão repassando diretamente para o consumidor tal responsabilidade, livrando-se do referido encargo
.
Por estas razões é que venho contar com o apoio de meus pares a esta importante questão de saúde pública.”

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Sonhos dentro de sonhos...


... E se você dormisse? E se você sonhasse? E se, em seu sonho,
você fosse ao Paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha?
E se ao despertar, você tivesse a flor entre as mãos?
Ah, e então?

S.T. Coleridge
 
Ontem dia abri o facebook e encontrei esta postagem, da Zoe de Camaris, possivelmente eu apenas curtiria ou passaria batido, apesar da citação ser no mínimo intrigante. Acontece que eu já estava intrigado pela nota publicada na Blogosfera da Veja, Para o Cérebro, os Sonhos são Reais ( http://veja.abril.com.br/blog/diz-estudo/ ). Será que é por isto que sempre acordamos antes de um acidente, vivo sonhando com um acidente de carro que no exato momento do choque eu acordo, ou quando estou despencando dos céus, como Ícaro, desperto antes de me estatelar, pois se morremos nos sonhos, nosso próprio cérebro nos matará?

Quase entendi porque às vezes acordo de um sonho recorrente e passo meia hora tentando lembrar as conversas e das pessoas que conversei ou interagi no sonho. Nunca consigo lembrar um fato real onde estas pessoas e estas conversas aconteceram, porém quando estas são lembradas nos sonhos, as memórias são tão vivas. Nestes sonhos, os fatos que são lembrados, chegam a ser mais fortes que as lembranças da minha própria vida, e mesmo quando acordo estas lembranças continuam vivas, até que eu me convença que aquilo não aconteceu, estas memórias me pertencem. Aí começo a perceber, que não conheço aquelas pessoas, que nunca estive naqueles lugares e que todas as lembranças que tenho nestes sonhos são como se eu vivesse outra vida enquanto durmo.

Além destas constatações, se somam outras que me levam a pensar mais sobre esta hipótese; fui muitas vezes acusado de penetrar nos sonhos de outras pessoas e persegui-los em horários que com certeza estou dormindo. Algumas pessoas já me viram em locais públicos, em festas particulares estas pessoas, contam testemunhas, que do nada, se viram para um espaço vazio, começam a falar comigo e as vezes tentam um exorcismo para que eu pare de persegui-los e o pior: eu verifiquei datas e percebi que quando isto acontecia eu estava dormindo e no sonho recorrente que eu sou outra pessoa, moro em uma casa que não conheço e tenho amigos estranhos que nunca vi.

Mas fico receoso de dar credito ao que escrevi acima, pois também sou acusado de uma série de outras coisas muito estranhas e obscuras, como por exemplo: fazer sexo durante madrugadas inteiras mesmo estando mais de mil km de distancia com pessoas que nunca vi; roubar almas de pessoas com magia sexual ou com o poder da mente; caminhar atrás de pessoas em ruas desertas, e quando estas se voltam, desapareço no ar com uma gargalhada sinistra. O pior é que tenho uma série de testemunhas que estas coisas foram contadas por minhas vitimas, ou que viram pessoas falando comigo para paredes vazias.

Na verdade eu não me lembro destas coisas todas que faço durante a noite, fora é claro, do sonho recorrente que tenho outra vida. Mas de uma forma ou de outra, ainda que meu lado sombrio faça coisas escondido de mim e cria esta existência que me é tão familiar, o que penso é que temos uma capacidade incrível de criar e que muitos desconhecem completamente, como outras funções cerebrais. Acredito firmemente que S.T. Coleridge, possa estar certo, que um dia sonhamos que colhemos uma flor em um dos infinitos paraísos, e ao acordar ela ainda está em nossas mãos, ainda que seja por alguns segundos, a flor permanece até ela desvanecer lentamente em nossas mãos, assim como nossos sonhos e desejos, que o destino não deixou que se realizasse.