quinta-feira, novembro 27, 2014

O Cio da Vida



Vem chegando o verão
O calor no coração
Essa magia colorida
São coisas da vida...
Não demora muito agora
Toda de bundinha de fora
Top less na areia
Virando sereia


Essa noite eu quero te ter
Toda se ardendo só pra mim
Essa noite eu quero te ter
Te envolver, te seduzir.


Vem chegando o verão... Algo acontece com a vida no hemisfério sul. Não importa o sexo, estado civil, nem identidade de gênero, o tesão toma conta da vida. A grande maioria nem percebe, mas algo estranho acontece para aqueles que não percebem o que acontece com a natureza em torno de si.

Para aqueles que são realmente pagãos, e sentem a sacralidade da natureza e a observam com religiosidade sabem que a grande mãe está fértil, sabem que o ventre de Tellus Mater está fecundo e pronto para reproduzir.
Um mínimo de observação da natureza, nos mostra que os animais, e as plantas que se revigoraram na primavera, agora lançam seus rebentos, e as trepadeiras envolvem o vigor da terra. Os Deuses da Vegetação aproximam-se do seu vigor, de sua potencia reprodutiva e induzem seus filhos ao sexo e a reprodução. Para estes não importa que usem métodos contraconceptivos, condons, diafragmas ou outras artimanhas. O falo do Deus está ereto e pronto, liquido seminal brota com em uma fonte vindo do interior da terra, escorre...

No verão a vida é mais plena, completa. A vitalidade humana está em seu ápice e não podemos negar o chamado da natureza...

sexta-feira, novembro 21, 2014

Todo dia é especial

Nenhuma data especial para comemorar, apenas 1 ano, 8 meses, 5 dias e algumas horas... ou seja, fazem 615 dias e algumas horas que encontrei uma chinesinha magrela no metro, depois de raras conversas na rede por alguns anos.

A principio nem percebi, mas o tempo foi passando e minha vida foi se mudando, ganhou, mais, vida, mais cor. Olho no varal e vejo roupas coloridas onde o preto dominava tudo, na minha casa, as cores ganharam tons mais vivos, ainda que mudassem as cores, espaços e janelas agora nunca mais se fecham, e duas cadelas magrelas, correm pelos tacos de madeira, onde antes existia um horrível carpete sujo.


Tudo foi acontecendo com muita naturalidade, nenhuma mudança brusca, mas a vida foi circulando com mais força, no quarto onde os moveis e coisas da minha mãe falecida, ainda permaneciam como uma mórbido memorial, foi onde as cores realmente mudaram, as paredes fria de um verde gelado, ficaram rosa antigo, com uma parede vermelha, a porta deixou de existir e um novo espaço aberto, a luz entrou. Depois uma biblioteca, que juntou livros espalhados e empoeirados, ganhou um espaço próprio, a eles se juntaram outros tantos que viviam em escuros maleiros e hoje recebem luz e calor do sol, que com a aproximação do solstício de verão, lava a biblioteca e aquece eliminando possíveis fungos. Olho para os meus livros e sinto a felicidade deles por estarem todos radiantes por estarem visíveis, e por saberem, que as vezes encontro algum, e busco um texto da lembrança, e as vezes o leio em voz alta.


Aos Livros se juntou um Piano, que quando tocado ecoa por toda a casa, um dock s
tation potente para mp3, meus computadores e logo terá uma mesa de desenho, pois voltou a necessidade de voltar a pintar e colorir telas. Junto com uma quase obrigação premente de escrever. Agora, aquele espaço dedicado à morte e ao esquecimento, hoje pulula de novas ideias, que ululam e lamentam, por ainda não estarem no papel.


Enfim, hoje não é um dia para comemorar, não é uma data especial, mas é mais um dia para agradecer a mulher, que me estendeu a mão, não para me ajudar, mas sim, para caminhar comigo de mãos dadas, percorrendo novos caminhos, por um mundo mais vivo e colorido. Obrigado Rachel 


China Girl
(Não sei como o Bowie sabia de tudo que acontece no dia que não te vejo, um ano antes de você nascer)