quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Abraços Eternos




Em nossas noites, quando nossas pernas e braços se movem em sincronia, num bale noturno em que nos enroscamos e nos afastamos pelo calor, para em seguida, inconscientemente, novamente nos procurarmos e misturarmos os braços e pernas em posições inusitadas. Muitas vezes acordo sem entender como estamos tão juntos, mesmo quando visitamos o mundo dos sonhos.Murmuro algumas palavras, bem baixinho, para que você não acorde, mas torcendo para que elas penetrem nos véus oníricos e que minhas declarações noturnas de amor fiquem gravadas na sua mente.

Não são raras as vezes, em que nestas fugazes fugas do sono e te beije levemente, ou que passe uns instantes a velar seu sono, me encantado com seu rosto visto na luz bruxuleante da vela acesa na penteadeira. Você é tão linda adormecida, parece uma menina encantada e fico te observado enamorado até que novamente Hipno, me feche os olhos e me arrebate e me leve na suave brisa do sono.

Creio que se uma câmara filmasse meu sono, um sorriso seria gravado em meus lábios a cada um destes arrebatamentos. Durmo feliz e seguro, pois sei que você está do meu lado.

Isto se repete numa seqüência de eternidade, pois nosso sono, nossas noites são, cada uma delas, inesquecíveis e eternas, impossível de ser esquecida durante uma existência, repleta de vidas, mortes e reencarnações. Cada uma de nossas noites fica gravada indelevelmente na nossa alma, e quando chega a manhã e somos obrigados a nos separar, um vazio atroz nos persegue enquanto não nos encontramos novamente.

Como te falo, uma vida é muito pouco para ficar contigo, quero mais, quero muitas vidas, todas as vidas possíveis e todas com o pecado de amar demais, pois que se dane o paraíso e a iluminação, quero ter sempre algo a resgatar contigo para passar a eternidade renascendo e te encontrando para viver o que vivo hoje, a eterna felicidade de te amar.



Esqueletos de casal são encontrados em eterno abraço.

ROMA (Reuters) - Pode chamar de abraço eterno. Arqueólogos

na Itália descobriram um casal abraçado enterrado

entre 5.000 e 6.000 anos atrás.
"É um caso extraordinário", disse Elena Menotti, que liderou

a equipe nas escavações perto da cidade de Mantova,

norte do país.
"Não foi descoberto um enterro de casal do período Neolítico,

muito menos duas pessoas se abraçando -- e ambos estão realmente se abraçando".

Menotti disse acreditar que os dois,

quase certamente um homem e uma mulher,

embora ainda não tenha sido confirmado, morreram jovens,

porque suas arcadas dentárias estavam quase

inteiramente intactas e não estavam gastas.