Fim de tarde
do ultimo dia de 2014, olho para este céu de capa de revista de Testemunhas de
Jeová, e sorrio.
Foi um bom
ano, mesmo com muito que podia melhorar, foi a princípio um ano muito bom.
Voltei a me encontrar comigo mesmo, e com tudo que era importante pra mim e
olhando para este céu se abrindo, pensei que se a moira cega me chamasse, eu
seria o cara mais sorridente que Caronte veria na fila para atravessar o Aqueronte em sua vida imortal...
Sim, estou feliz, tão feliz, que imediatamente peço aos Deuses que a Fiandeira tenha fiado um fio muito mais longo...
Sim, estou feliz, tão feliz, que imediatamente peço aos Deuses que a Fiandeira tenha fiado um fio muito mais longo...
Este ano me reencontrei com o Cezar militante, que lutava
pela liberdade e assim lutei contra o que se apresentava como uma nova
ditadura, perdi, mas esta perda foi uma vitória, pelo menos pra mim, pois me
fez sentir que aquele cara de muitos anos atrás estava vivo e bem vivo!
Me reencontrei com o Cezar aventureiro, com várias viagens
por lugares inóspitos, várias visitas a paredões e cavernas com artes rupestres,
que me lembraram da minha fé no ser humano, e neste país que vivo, onde a cada
dia nos aprofundamos no tempo e vemos coisas pintadas nas paredes tal qual as
cavernas anciãs da Europa.
Só não me reencontrei com meus deuses, que nunca haviam me
abandonado e mesmo nos momentos mais desesperados, estiveram ao meu lado me
garantindo a força pra ir adiante.
Minha namorada/noiva, que me apoiou quando nem eu
acreditava tanto em mim, me apoiou e caminhou ao meu lado, e juntos buscamos
novos horizontes.
Olho para minha família e vejo filhos fortes e trilhando
caminhos independentes, vejo netos, sementes da minha semente, mostrando que
meu DNA seguirá em frente, mesmo quando eu me for.
Por tudo isto, agradeço a vida, aos deuses e peço mais vida,
pois velho fica quem não tem mais sonhos e eu voltei a sonhar.
Apesar dos pesares, gostei muito de 2014, e que 2015 seja uma
sequência deste ano que pra mim foi maravilhoso.