segunda-feira, novembro 20, 2006

Voltando


Faltam apenas longos segundos para que você chegue, nem adianta lhe dizer o que passei no sitio sem você afinal lá é o nosso lugar, nossa terra.
O que é a Terra sem uma rainha, um rei sem Rainha é um rei sem terra sem chão, uma espada desembainhada que só pensa em guerras, fúria e morte.
Até mesmo o mais poderoso dos reis, precisa de sua rainha, sua calma sua paz e a bainha onde repousa sua espada, é o tempo sem guerras, é a paz. O aço frio e cortante é guardado e o ardor e a chama da batalha acontece em outro terreno, outro território.
Marte fica perdido entre campos de corpos despedaçados, onde o cheiro da putrefação e a presença das aves carniceiras que fazem da desolação, banquete. E assim se sente um rei sem rainha, como um dragão que olha tudo em volta e não encontra sua donzela, sua deusa.
Porem de volta ao palácio, ele se esquece de marte, se esquece das batalhas sangrentas e dos gemidos de dor, quando ele guarda a espada na bainha, nem mais é ele quem reina, mas sim Vênus, que chama para uma guerra sem armas, sem mortos ou feridos, chama para uma batalha num leito de flores, uma batalha que afasta a morte e traz a vida com toda a sua intensidade.
Sua volta, apesar pelas contas dos homens se passarem apenas sete dias da sua partida, para mim foi um ciclo completo do inverno e do caminho que leva ao submundo. E agora sindo que até mesmo o mundo retorna ao seu ritmo e voltamos a Primavera.
Te quero demais minha querida.



Depois de Chico na Ida, só mesmo Chico na volta.


O meu amor

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

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