Sacolas plasticas de supermercado
Não que os militantes ecológicos, não tenham uma certa razão para comemorar , afinal uma vitória é sempre uma vitória, mesmo que seja uma Vitória de Pirro*
Todos comemoraram a lei que no Rio de Janeiro proíbe aos supermercados oferecer saquinhos plásticos para carregar as compras. Legal, sacos plásticos demoram para se decompor na natureza e tal e tal...
Não usar os sacos plásticos é realmente uma atitude ecológica, teve até a campanha de Radio “Saco é um Saco”, com a Xuxa Meneghel e a Maitê Proença patrocinada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Fato comemorado por Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, que acredita que a adesão de artistas na campanha ajudaria a conscientizar os brasileiros.
Proibindo os supermercados distribuir as mal faladas sacolinhas, resolvemos o problema do lixo não reciclável? É claro que não, afinal, devemos levar nosso lixo até a porta da rua, onde os coletores de lixo o recolhem. E como os levamos? Não podemos carregar nosso lixo orgânico com as mãos e empilharmos na porta de casa, mesmo porque isto deixaria nossas cidades ainda mais sujas e com certeza aumentaria a já desproporcional população de ratos e baratas.
Se não me engano existe lei que nos obriga a colocar o lixo em sacos plásticos para coleta, ops...
Se somos obrigados por lei a colocar o lixo acondicionado em sacos plásticos para a coleta, e os supermercados são proibidos de nos oferecer sacolas plásticas, com as quais usamos para colocar o lixo na porta, teremos que comprar nos próprios supermercado sacos de lixo, como aqueles pretos, que são mais grossos que as tais sacolinhas, ou seja trocamos as sacolinhas de plástico fininhas, pelos sacões de lixo mais grossos e maiores. A natureza ganha o que com isto? Nada, os sacos plásticos vão continuar a ser jogados nos lixões e aterros sanitários.
Quem ganha com isto? Os supermercados que passam a vender o que antes davam de graça.
Uma outra desvantagem de se colocar o lixo nos sacos pretos e grandes, é que usando as sacolinhas de supermercado dividimos melhor o lixo, e os catadores de lixo que passam com as suas carrocinhas, escolhem o que querem levar apenas apertando as sacolinha, percebem o que é papel e o que lixo orgânico. No saco grande, eles são obrigados a abrir o saco e a espalhar nosso lixo pela calçada.
Portanto, foi uma vitória da Natureza ou do Lobby supermercadista, que só fará o que estes empresários sempre fazem reduzir seus custos e aumentar o lucro.
Então ministério do Meio Ambiente? É pra comemorar, ou se perguntar quem levou grana nisso???
*Para quem não conhece, Pirro era um rei grego que derrotou duas vezes os romanos, e com isto arruíno-se irremediavelmente, já que não tinha como continuar lutando, pois o custo destas vitórias em homens, destruiu seus exércitos enquanto os romanos recebiam mais reforços. Ganhou duas batalhar e perdeu a guerra.
Percorrendo os meandros viscerais até o âmago do ser humano, o inferno da mente. E dali retornar um novo ser, sem mais nenhum medo, vencendo as trevas da ignorância.
sexta-feira, julho 30, 2010
quarta-feira, julho 28, 2010
Todos os Fogos O Fogo*
Creio que praticamente todas as religiões louvem o fogo. Mesmo nas religiões monoteístas o fogo é disfarçadamente louvado.
O fogo, ou melhor, o seu domínio, separa os homens dos animais, já que estes fogem ao menor odor de fumaça. Deixamos de ser animais ao controlar o fogo, pois este, como todos os demais elementos, pode ser tanto benéfico como altamente maléfico e destruidor.
O fascínio levou os humanos a coletar o fogo dos céus, através dos incêndios causados por raios, e com ele aquecer e proteger suas cavernas e acampamentos. Esta convivência pacífica entre o homem e os elementos nos fez ganhar as noites, antes amedrontadoras. Com a vitória sobre as trevas, os humanos não só ganharam conforto e proteção, mas também ganharam o tempo.
Esta vitória sobre o tempo permitiu que nas horas roubadas das noites eles desenvolvessem suas habilidades vocais, passando a dividir suas experiências com os outros, principalmente para os mais jovens. A narrativa oral e gestual permitiu nossa raça a distanciar-se dos selvagens e a desenvolver novas estratégias para a caça e a alimentação. Alimentos que antes eram impróprios para consumo humano, agora cozidos ampliavam o cardápio de nossos ancestrais, permitindo uma alimentação mais completa.
Portanto podemos vê-lo com uma diversidade de funções e associações e metáforas que usam o fogo como base.
No dicionário Houaiss encontramos mais de 24 significados para a palavra fogo, entre elas Paixão, Amor, Guerra, Paz ou Lar em uma sala com lareira onde uma família aquecida se reúne.
O fogo pode ser tanto luz como luz celestial, quanto as trevas subterrâneas onde as chamas castigam os ímpios, o fogo do Tártaro.
Louvamos o Fogo a partir de quatro divindades greco-romanas:
Hestia/ Vesta – O fogo purificador, o elemento em si das grandes fornalhas estelares.
Dioniso/Pater Liber – O nascido do fogo do raio, que com sua bebida, iguala a todos os homens.
Ares/Marte – O fogo paixão, o calor das batalhas, o fogo destrutivo, o amor que consome, enfim, o fogo que é difícil de controlar.
Hefesto/Vulcano – O fogo que produz, que cria maravilhas, o fogo das forjas que faz o aço, o fogo da inteligência, das artes, o fogo controlado e dosado.
Destes quatro, os dois últimos ganham importância no nosso calendário tropical como fogo novo e fogo velho. Fogo novo é o incontrolável, e fogo velho é o criativo e são lembrados em duas datas.
1 de março, feria igne leni, que é a passagem do vibrante fogo das paixões da primavera/verão para o fogo velho, o fogo criativo e acolhedor do outono/inverno. Nesta data comemoramos o nascimento de Ares/Marte patrono do mês romano de Martius e com o declínio da duração do dia, louvamos o fogo velho, Vulcano, pois é época de pensarmos e ficarmos mais recolhidos.
1 de agosto, este ano antecipado, a feria renovare ignum, quando o fogo incontrolável aparece no prolongamento dos dias antecipando a primavera, época das paixões e trabalhos externos, junto à natureza.
Nestas duas festas temos o período de jejum do fogo, para nos lembrarmos o desconforto de antes do domínio do fogo. Em ambas feriarum, depois do período de jejum, onde nenhum fogo é aceso, nem velas ou fogões, o fogo é recolhido do céu (com lentes) junto ao círculo de Zeus/Jupiter ou, quando está nublado, com a Pedra do Raio (sílex) e a partir deste fogo do céu (fogo divino) é que todos os fogos da casa são acesos.
Ao entardecer, depois de oferendas, este mesmo fogo do altar de Zeus acende a fogueira da festa.
*Pegando o titulo de um conto do Julio Cortázar, mas ele se adapta muito bem a este post
O fogo, ou melhor, o seu domínio, separa os homens dos animais, já que estes fogem ao menor odor de fumaça. Deixamos de ser animais ao controlar o fogo, pois este, como todos os demais elementos, pode ser tanto benéfico como altamente maléfico e destruidor.
O fascínio levou os humanos a coletar o fogo dos céus, através dos incêndios causados por raios, e com ele aquecer e proteger suas cavernas e acampamentos. Esta convivência pacífica entre o homem e os elementos nos fez ganhar as noites, antes amedrontadoras. Com a vitória sobre as trevas, os humanos não só ganharam conforto e proteção, mas também ganharam o tempo.
Esta vitória sobre o tempo permitiu que nas horas roubadas das noites eles desenvolvessem suas habilidades vocais, passando a dividir suas experiências com os outros, principalmente para os mais jovens. A narrativa oral e gestual permitiu nossa raça a distanciar-se dos selvagens e a desenvolver novas estratégias para a caça e a alimentação. Alimentos que antes eram impróprios para consumo humano, agora cozidos ampliavam o cardápio de nossos ancestrais, permitindo uma alimentação mais completa.
Portanto podemos vê-lo com uma diversidade de funções e associações e metáforas que usam o fogo como base.
No dicionário Houaiss encontramos mais de 24 significados para a palavra fogo, entre elas Paixão, Amor, Guerra, Paz ou Lar em uma sala com lareira onde uma família aquecida se reúne.
O fogo pode ser tanto luz como luz celestial, quanto as trevas subterrâneas onde as chamas castigam os ímpios, o fogo do Tártaro.
Louvamos o Fogo a partir de quatro divindades greco-romanas:
Hestia/ Vesta – O fogo purificador, o elemento em si das grandes fornalhas estelares.
Dioniso/Pater Liber – O nascido do fogo do raio, que com sua bebida, iguala a todos os homens.
Ares/Marte – O fogo paixão, o calor das batalhas, o fogo destrutivo, o amor que consome, enfim, o fogo que é difícil de controlar.
Hefesto/Vulcano – O fogo que produz, que cria maravilhas, o fogo das forjas que faz o aço, o fogo da inteligência, das artes, o fogo controlado e dosado.
Destes quatro, os dois últimos ganham importância no nosso calendário tropical como fogo novo e fogo velho. Fogo novo é o incontrolável, e fogo velho é o criativo e são lembrados em duas datas.
1 de março, feria igne leni, que é a passagem do vibrante fogo das paixões da primavera/verão para o fogo velho, o fogo criativo e acolhedor do outono/inverno. Nesta data comemoramos o nascimento de Ares/Marte patrono do mês romano de Martius e com o declínio da duração do dia, louvamos o fogo velho, Vulcano, pois é época de pensarmos e ficarmos mais recolhidos.
1 de agosto, este ano antecipado, a feria renovare ignum, quando o fogo incontrolável aparece no prolongamento dos dias antecipando a primavera, época das paixões e trabalhos externos, junto à natureza.
Nestas duas festas temos o período de jejum do fogo, para nos lembrarmos o desconforto de antes do domínio do fogo. Em ambas feriarum, depois do período de jejum, onde nenhum fogo é aceso, nem velas ou fogões, o fogo é recolhido do céu (com lentes) junto ao círculo de Zeus/Jupiter ou, quando está nublado, com a Pedra do Raio (sílex) e a partir deste fogo do céu (fogo divino) é que todos os fogos da casa são acesos.
Ao entardecer, depois de oferendas, este mesmo fogo do altar de Zeus acende a fogueira da festa.
*Pegando o titulo de um conto do Julio Cortázar, mas ele se adapta muito bem a este post
terça-feira, julho 20, 2010
Realmente estou muito Bem, Obrigado!*
As vezes olho para este blog e minhas pontas dos dedos coçam para teclar, aí penso: estou tão bem assim, vivendo minha vidinha besta, babaca e tão boa, que domino minha vontade de escrever.
Mas, é uma merda este tal de “mas”. Como deixo o blog como pagina inicial, vejo ele várias vezes por dia e, portanto o comichão de escrever publicamente tem atormentado um bocado. Ainda mais quando abro meu e-mail e vejo comentário de posts de 4 anos atrás. Sucessos póstumos, já que postagens antigas são como jornais de ontem, só servem para embrulhar peixe ou forrar o chão para pintar a casa.
Neste período de sumiço**, escrevi um livro, ressuscitei um sítio, formei uma gens (diga guens), que é um clã, para trabalhar a religiosidade Greco romana e usei as redes sociais só pra jogar farmville.
Longe dos bisbilhoteiros de plantão, do “OLHO GORDO” de pessoas que reviram a rede só pra se revoltar com o sucesso dos outros tenho vivido muito bem.
Mas, olha ele aí de novo, não falei mal do nosso querido presidente que se faz de idiota e ignorante enquanto ele e seu grupelho assaltam o país e quer nos impingir uma guerrilheira pequena burguesa que nunca trabalhou na vida, o que, condiz com a vida do nosso presidente, que nunca trabalhou de verdade.
Não falei nenhuma maledicência sobre os picaretas esquisotéricos de plantão, não chutei o balde contra os espaços esotéricos, que ainda fazem palestras e cursos idiotas a troco de comida pra cachorro, com algum imbecil pusilânime, que como um pastor evangélico quer catequizar fieis para o paganismo.
Sinto falta disso...
Assim, abro novamente as portas deste labirinto para que alguns incautos entre e se perca com as minhas palavras e minha dislexia, que nunca me deixa compreender as virgulas e outras regras gramaticais.
Enfim minha agente literária, acha que devo voltar pra rede, pois isto pode ajudar a vender meu livro.
Então... Voltei
*Não pensem em um bom pastor , olhando para esta foto. Na verdade este carneirinho é um dos gêmeos que nasceram em Aruanã. Este o branquinho se chama Almoço, o outro o malhadinho se chama Jantar.
**por incrível que pareça, o ultimo post anterior a este, só reparei agora foi publicado num 11 de setembro, era pra ter derrubado este blog.
Mas, é uma merda este tal de “mas”. Como deixo o blog como pagina inicial, vejo ele várias vezes por dia e, portanto o comichão de escrever publicamente tem atormentado um bocado. Ainda mais quando abro meu e-mail e vejo comentário de posts de 4 anos atrás. Sucessos póstumos, já que postagens antigas são como jornais de ontem, só servem para embrulhar peixe ou forrar o chão para pintar a casa.
Neste período de sumiço**, escrevi um livro, ressuscitei um sítio, formei uma gens (diga guens), que é um clã, para trabalhar a religiosidade Greco romana e usei as redes sociais só pra jogar farmville.
Longe dos bisbilhoteiros de plantão, do “OLHO GORDO” de pessoas que reviram a rede só pra se revoltar com o sucesso dos outros tenho vivido muito bem.
Mas, olha ele aí de novo, não falei mal do nosso querido presidente que se faz de idiota e ignorante enquanto ele e seu grupelho assaltam o país e quer nos impingir uma guerrilheira pequena burguesa que nunca trabalhou na vida, o que, condiz com a vida do nosso presidente, que nunca trabalhou de verdade.
Não falei nenhuma maledicência sobre os picaretas esquisotéricos de plantão, não chutei o balde contra os espaços esotéricos, que ainda fazem palestras e cursos idiotas a troco de comida pra cachorro, com algum imbecil pusilânime, que como um pastor evangélico quer catequizar fieis para o paganismo.
Sinto falta disso...
Assim, abro novamente as portas deste labirinto para que alguns incautos entre e se perca com as minhas palavras e minha dislexia, que nunca me deixa compreender as virgulas e outras regras gramaticais.
Enfim minha agente literária, acha que devo voltar pra rede, pois isto pode ajudar a vender meu livro.
Então... Voltei
*Não pensem em um bom pastor , olhando para esta foto. Na verdade este carneirinho é um dos gêmeos que nasceram em Aruanã. Este o branquinho se chama Almoço, o outro o malhadinho se chama Jantar.
**por incrível que pareça, o ultimo post anterior a este, só reparei agora foi publicado num 11 de setembro, era pra ter derrubado este blog.
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