sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A ERA DAS TREVAS.


Embora aqui no Brasil, onde a ignorância é louvada, o Filme L’Âge de Ténèbres, do Denys (tinha que ser um Dioniso) Arcand , ganhou o titulo de A Era da Inocência, talvez por termos um presidente tão inocente que não sabe de nada, ou por um BBB declarar que nunca curtiu este negócio de ler livros.

Mas com este filme completa uma trilogia lógica. O primeiro filme O Declínio do Império Americano, mostrava o apogeu da inteligência e liberdade iniciando o seu declínio.

Já falei sobre isto muitas vezes que uma sociedade no apogeu da civilização, começa a se tornar tolerante de mais, o que fatalmente leva a indiferença, e esta, a fatal decadência.

No segundo filme da trilogia, o Invasões Bárbaras, mostra aquela sociedade depois de 20 anos, já sem nenhum poder, já que os valores intelectuais e artísticos se perderam e foram substituídas pelo valor virtual do dinheiro (ações, papeis e capitais voláteis). Os bárbaros, armados de talões de cheques e cartões de credito que podem comprar consciências e vidas.

Agora nos chega o ultimo filme o “Idade das Trevas” que por ignorância ou ironia foi batizado de Era da Inocência.

Não vi o filme ainda mas, já imagino o que seja pela leitura da sinopse. Algo muito lógico e que já vimos acontecer antes, afinal temos bem documentado o que aconteceu com o Império e a Civilização Romana: “Declínio, Queda, Invasões Bárbaras e a Idade das Trevas”.

O filme mostra Um homem criativo que se refugia na fantasia, vive Heróis, Imperadores, astro do Teatro e Cinema, Romancista de sucesso, que na verdade, ele tem um emprego medíocre, uma mulher que não lhe dá atenção e até mesmo fumar, uma das poucas coisas que lhe da prazer, tem que fazer escondido.

Creio que o filme está lotado de Metáforas, que nos levará a refletir e comparar com as nossas vidas hoje.

É um bom programa para este fim de semana, alugar na locadora os dois primeiros e assistir no sábado e no domingo ver o terceiro no cinema. E na segunda podemos discutir o que vimos ou apenas tomar consciência , que mesmo com toda a tecnologia que nos cerca e todos os comerciais de motos automóveis que nos vendem a liberdade e não o benefício dos produtos, vivemos um deserto intelectual e artístico, uma nova Idade das Trevas.

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