(Quando não é o que foste não há razão para viveres)
Cícero já definia esta máxima como um provérbio antigo. Creio que até alguns anos atrás não entenderia esta sentença, mas hoje a maturidade, o conhecimento e a pratica religiosa, fizeram com que a entendesse perfeitamente.
Cícero já definia esta máxima como um provérbio antigo. Creio que até alguns anos atrás não entenderia esta sentença, mas hoje a maturidade, o conhecimento e a pratica religiosa, fizeram com que a entendesse perfeitamente.
Embora a primeira vista ela nos pareça uma revolta contra a velhice, que não teríamos mais função depois que passássemos da maturidade, quando a analisamos sob uma ótica pagã, percebemos que a sentença nos leva a lembrar de quem éramos na infância, isentos das influências do meio.
Na infância é quando somos nós mesmos, nossos pensamentos sonhos e fantasias ainda não foram esmagados por conceitos e preconceitos sociais. Nossos pais e a escola ainda não nos ensinaram que devemos sufocar nossos sonhos e fantasias, para vivermos no mundo e que muitos dos nossos sonhos nos levarão ao fracasso e a ruína.
Na adolescência e juventude somos constantemente reprimidos, para que nos tornemos no futuro em profissionais competentes e possuidores de ótimos salários e vai ser exatamente isto que fazemos na maturidade, buscamos o material e dinheiro, para realizar sonhos de consumo impostos pela sociedade, embora estes não façam o menor sentido para as pessoas que fomos, ainda que de forma embrionária.
Esta maturidade que a penas visa as imposições sociais, esta vida que levamos apenas para agradar aos outros e a sociedade, nos leva a um enorme vazio, que buscamos preencher com mais sonhos de consumo. O que nos leva irremediavelmente a depressão e a infelicidade.
Se não lembrarmos quem fomos na infância, adolescência e juventude, e não buscarmos um equilíbrio ente a criança que éramos e o adulto que somos, nunca teremos uma maturidade plena nem atingiremos a excelência como seres humanos.
Seremos sempre fracassados para nós mesmos, não importa que tantos nos julguem vencedores, no nosso íntimo sempre faltará alguma coisa, sempre teremos algo como uma fome insaciável que nos corrói e nos afasta da plenitude.
Precisamos a cada dia lembrar-se de quem fomos, pois aí com certeza saberemos quem somos.
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