Percorrendo os meandros viscerais até o âmago do ser humano, o inferno da mente. E dali retornar um novo ser, sem mais nenhum medo, vencendo as trevas da ignorância.
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Faxina e reflexões
A cada volta ao centro do labirinto, o que mais incomoda é a sujeira e a bagunça, corpos estraçalhado de heróis, armas e escudos espalhados pelo chão, e ninguém imagina o trabalho que dá lavar tudo isto, a torneira mais próxima é fora do labirinto... É um trabalho cansativo, afinal o labirinto tem o tamanho de uma existência.
Andando no escuro carregando um balde em cada mão fico matutando no que vi no período que passei fora, acho os humanos filho de humanos muito estranhos, apesar de todo o conhecimento que tem, nunca aceitam errar. Esquecem completamente que até mesmo os deuses, incluindo Zeus, também erravam, até que este irritado por ter cometido um erro que fez sofrer sua lha Atena, agarrou Ate (a personificação do erro) e a atirou Olimpo abaixo com tanta força que esta foi bater no monte Ida e rolou por suas encostas até o monte onde um dia seria construída Tróia. Uma pena que os antepassados dos troianos, edificaram ali sua cidade. Uma cidade sobre a colina do erro, nunca ficaria ali por muito tempo. Uma pena, os troianos foram uma raça linda e orgulhos, mas tiveram um triste final.
Desde que Ate foi atirada para longe do Olimpo, que o erro passou a fazer parte da vida dos humanos, o erro é tão certo quanto a morte, é impossível para um mortal não errar. Sendo assim, não sei por que os humanos, nunca aceitam seu erro. Inventam milhares de subterfúgios. Buscando culpar aos outros por suas mínimas falhas. Creio que este pode seu um dos motivos que viver fora de casa me encha tanto o saco.
Seria muito melhor que quem cometesse um erro, simplesmente o aceitasse, e dissesse claramente: Errei, desculpe, mas aprendi com o meu erro e isto não vai se repetir. Mas não, desfiam um interminável rosário de lamentações e desculpas, para justificar o ocorrido sem nunca assumir o erro, nem tampouco aprender com ele. O que faz que ele se repita sempre.
Esta característica de querer se igualar aos deuses é que causa a ruína dos homens, tornando esta raça que nasceu dos deuses, cada dia mais distante de seus criadores. Chamando para si a fúria de Nemésis, aquela que pune aqueles que não se ajustam a própria medida querendo ser mais do que são, equiparando-se a aqueles que nunca poderão ser, os Deuses.
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Um comentário:
TA AI... gostei, mas acho mesmo assim que erro é um ponto de vista, mas é um assunto muito vasto e interminável. Mas gostei do seu final: " não se ajustam a própria medida querendo ser mais do que são, equiparando-se a aqueles que nunca poderão ser, os Deuses"
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