Feliz, feliz eu não estou, até porque concordo totalmente com o Tom Jobim: “Fundamental é mesmo o amor / É impossível ser feliz sozinho...
Mas no geral, o que os olhos já não podem ver, é que estou até que feliz comigo mesmo. Durmo bem, agora que consegui estabilizar a falta de nicotina com um patch de 3,5 mg, que insisti tanto em não usar. Acordo feliz cantando, pois não tem ninguém mal humorado por perto que detesta quem acorde feliz. Gente que acorda mal humorada é uma merda, já te corta sua alegria logo de manhã.
Canto, danço e dou risadas sozinho das minha coisas, afinal eu realmente acabo fazendo tudo da maneira mais difícil, que mais fácil para mim, por saber fazer daquele jeito meio atrapalhado e engraçado.
Não pensem que entrei naquela onda das pessoas do facebook, que estão sempre bem (da boca pra fora) ainda que estejam fodidos intimamente. Quem me acompanha sabe que não sou assim, tampouco sou hipócrita como muita gente que se faz parecer algo que não é. Gosto de ser eu mesmo, gosto de ir até o fundo dos meus sentimentos ao invés de ignorá-los. Sofro, choro, desço ao tártaro, o mais profundos dos ínferos mundos, deixando pra trás todas minhas roupas, conquistas e sonhos, pra poder tomar impulso para voltar e criar uma nova vida, como nascendo de novo.
Dificilmente falo aqui da minha felicidade, da minha perfeição como pessoa, da minha magnífica espiritualidade, mesmo porque, não sou nada disso. Geralmente, além de mitologia falo de mim mesmo, da minha dor, que muitas vezes não se cala se eu não grito aos céus. Falo da minha humanidade e da minha humildade perante a divindade, pois vejo o divino e os deuses a cada momento da minha vida.
Mesmo durante este período que sofri perdas terríveis, de nenhuma maneira me senti abandonado pelos deuses, eles e principalmente o meu Deus, estiveram sempre ao meu lado, me confortando, me dando paciência e me mostrando o quanto era importante eu passar por tudo que eu estava passando.
Agora a cada dia mais percebo, que tudo está melhorando e com o tempo tudo vai melhorando, estou sonhando e vou concretizar novos sonhos, construir novas coisas, afinal recomeçar de novo sempre foi o meu forte. Embora tudo esteja um pouco diferente, não sei se pela idade ou pelo tamanho das perdas, pois esta vez tudo foi mais lento, e exigiu mais empenho, mas ainda assim, as coisas estão andando.
A felicidade é composta de uma série de pequenas felicidades, e sem que eu percebesse como um conjunto, comecei a ver muitas pequenas felicidades na minha vida. Estou feliz com meu corpo, minha cabeça, a casa e seu cheiro de limpa e o aroma de boa comida no horário das refeições, geralmente ela está arrumada. Sinto-me feliz quando entro entre os lençóis perfumados, na banheira com sais e com as toalhas secas e fofinhas. Sou feliz com o conjunto das pequenas coisas da minha vida. Nunca espero explosões de felicidade, pois sei que isto é fugaz, me contendo com amores possíveis e nem busco mais os impossíveis já faz algum tempo e amores de cinema eu já tive, faltava dores de corno de literatura, que acabei também tenho, então daqui pra frente eu quero calma, amizade, confiança e alguém disposta a viver do meu lado o resto da vida. Tudo bem, que sempre quis isto, mas creio que agora é hora realmente de pensar seriamente nisto, antes de entregar meu coração.
E como todo bom taurino como sou só resta dizer, não tenho tudo que quero, mas é só uma questão de tempo, heheheh!
2 comentários:
Cheguei ao seu blog muito por acaso... Gostei muito de tudo por aqui :) Me emocionou, em particular, esse texto, sei lá, me identifiquei.
"levanta, sacode a poeira da a volta por cima"...
Tudo d bom p vc...
abraços.
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