Bem terminei o primeiro relato com o aparecimento da cobra e o seu conseqüente sacrifício, motivado por dois motivos; primeiro que eu precisava da cobra, precisava da cabeça da cobra, da pele da cobra e dos ossos da sua coluna vertebral, (uma defumação com vértebras de cobra bane mais que defumação com pimenta) e em segundo lugar porque a cobra havia invadido o espaço humano e poderia caso eu só a espantasse voltar e acabar picando a filha do caseiro, meus cachorros ou mesmo eu e meus familiares, portanto virou troféu pendurada no meu pescoço na foto do tópico anterior. E também era um item dos mais difíceis do enxoval da minha consagração á Dionisio, por isto acredito, que ele em força e presença, levou a serpente na minha estufa de mudas. Fiquei muito feliz pelo empenho do Deus em comungar comigo. Sorry era eu ou a cobra !
Mas para alguns aqui que vão passar pelos mesmos preceito, quero avisar que os deuses têm sua maneira própria de agir e muitas vezes não conseguimos entender e logo em seguida ao que aconteceu no fim de semana mais coisas estranhas voltaram a acontecer...
Na Sexta feira, antes portanto do fim de semana, depois de uma procura insana por um jarro, pote, vaso ou qualquer recipiente com tampa, onde guardarei alguns fundamentos dionisíacos e mais de mil idéias que não me satisfaziam, finalmente apareceu aquele que falou comigo com a voz da divindade.
Fazendo roteiro turístico/comercial com uma tia da Lu, fomos comer no mercadão e ela quis ir as compras nos muambódromos da 25 de março e lá eu vi pela primeira vez o Touro de bronze da dinastia Sui ou T'ang. E ele nem estava totalmente visível, estava num canto quase que jogado, coberto de poeira, mas meus olhos olharam para aquele ponto e me aproximei para ver o que era. E era ele o vaso que Dionisio queria. É claro que o preço era pornográfico! E que também não tinha dinheiro no bolso para comprá-lo.
Fui para casa com a cabeça martelando, depois aconteceu o fim de semana descrito no post anterior, onde tivemos o carro apreendido, andamos de carro de policia para chegar ao sitio e quando ganhei a cobra. Na Segunda pela manhã, juntamos os trocados para resgatar o carro e à tarde paguei o que devia ao estado (licenciamento atrasado) e como havia entrado um dinheiro corri para a 25 de março para comprar o Touro.
Não iria contar isto para ninguém, mas dado ao resultado final da aventura, creio que posso contar e apesar de vocês poderem achar estranho não dirão que enlouqueci.
Percorri o "Shopping Muamba" inteiro, passei uma 30 vezes pelo local onde ficava a loja do china, e nada... a loja havia desaparecido. Como? Não me perguntem. Ela simplesmente sumiu como aquelas coisas que de tão óbvias ficam imperceptíveis, invisíveis.
Depois de 1 hora procurando a loja, me conformei, errei de Shopping.
Dia seguinte de manhã voltei ao local, agora depois de ter me informado com a Lu sobre o andar e o shopping, que segundo ela, era exatamente onde eu tinha ido no dia anterior. E novamente não encontrei a loja.
Na Terça a tarde fui para Piedade resgatar o carro, onde tive sérias dificuldade para me devolverem o carro, tanto que só consegui resgata-lo no dia seguinte à tarde. A noite dormi sozinho no sitio e vários sonhos me diziam sobre o touro e Dionisio a ponto de acordar pensando que jamais eu iria encontrar aquele touro. Ele me mostrara e eu não comprei na hora, fazer o que? Alem de reiniciar a busca.
Hoje pela ultima vez resolvi voltar a 25 de março e logo que cheguei dei de cara com a loja e o touro. Fiquei sem entender nada, mesmo porque o china só falava em chinês e só consegui entender ele dizendo que sabia que eu voltaria pois ele viu que meus olhos brilharam com o touro e orgulhoso da sua ancestralidade havia passado os últimos dias me esperando e pensando em me dar um bom desconto, afinal o touro estava na loja há 2 anos e nunca ninguém tinha olhado para ele. Ele sabia que deveria vende-lo para mim ainda que fosse pelo preço de custo. O que foi maravilhoso, afinal não se pode regatear quando se trata de coisas que oferecemos para as divindades e este desconto foi providencial, pois é hora de comprar muitas coisas...
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