terça-feira, setembro 25, 2007

Festa, alegria, balde d’água fria e a confirmação.


Eiiiita fim de semana!!

Começou com uma alegria imensa de compartilhar e festejar com os deuses e com pessoas que se tornaram meus familiares, depois um intermezzo com uma situação restritiva e constrangedora para colocar os pés no chão e finalmente a comprovação de que o caminho é mesmo este.

Poucos sabem ou entendem como agem os deuses, mas eles nos dão lições através do seus mitos. Dionisio é epidêmico, suas epifanias acontecem com a loucura e a alegria, mas não podemos esquecer que um Penteu, sempre vai aparecer para impor a autoridade dos humanos. Dionisio não é só um deus que morre e renasce é também um deus que compartilha o sofrimento humano, que não é reconhecido e por vezes é humilhado. Mas é Deus, quem sabe, o mais humano dos deuses. Nos mostra sempre o que é a vida, o viver tudo que nos está fiado pelas moiras, a vida total e inteira com alegrias, tristezas, gloria e humilhação.

Depois da festa, alegria e purificação pelas sagradas águas, almas lavadas e postas ao Sol. Muitas certezas, nenhuma duvidas e de repente do nada, todas as duvidas e todo medo. O risco de ficar perdido no meio do nada, causado pela estúpida autoridade humana. A restrição a liberdade, a perda do direito de ir e vir e o abandono.

Tudo para mostrar a força da divindade, que torna os agressores em serviçais, aqueles que o impediram de prosseguir e seus aurigas, motoristas que o conduzem ao seu templo. Faz do senhor escravo e do cativo o cavalheiro. Inverte muda a ordem das coisas e nos mostra o mundo em mudança, é o deus da transformação, do movimento, da vida.

Dionisio Zagreus, é aquele que morre para renascer, e renasce a cada instante se mostrando presente e vivo pois os deuses nunca morrem. Se mostra em epifanias e nos dá o que precisamos para mostrar que nunca saiu do nosso lado. Aparece nos observando e desliza como água verde escura correndo rápida contra a gravidade e se dá em sacrifício, nos entregando aquilo que precisávamos para a sua consagração e glória. E tudo o que temos que fazer é reconhecer a sua presença, em todas as suas metamorfoses, é o touro, é o menino e é a cobra.

Quem não quiser ver, um dia será obrigado a ver, já aquele que enxerga e o reconhece em suas mascaras é como seu filho e recebe seus presentes e suas graças. Eu o reconheço e gosto de vê-lo em mim, eu como uma de suas mascaras, humano e deus.

Evoeh Zagreus !!!!

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