quarta-feira, março 19, 2008

Dioniso, Dionísio, Dionisio ou Denis

Desde o inicio da Era cristã que os Papas, transformam os deuses Greco-Romanos e os demais deuses pagãos em santos ou demônios. O missionário cristão tinha instruções papais para transformar ou sincretizar os deuses locais em santos cristãos, e como veremos abaixo, o culto de Dionisio estava solidamente implantado por todo o Império Romano, assim existe uma inflação de Sãos Dionísios. E para distinguir os santos do Deus, adotou-se uma diferença gráfica no seu nome, Dioniso seria pagão e Dionísio Cristão, mas é uma das muitas bobagens, porque afinal a maior parte dos santos que levaram o nome de Dionísio sofreram como o Deus original o castigo do esquartejamento ou decapitação, como o mito do Deus e também eram caminhantes sem um local fixo para a sua pregação, já que o Deus Dionisio era um deus epidêmico, ele chegava ao contrário dos demais deuses cujo os fieis se dirigiam aos seus templos. Portanto se chamamos o Deus de Dioniso, seguimos uma visão cristã que o diferencia de seus clones católicos Dionísio ou Denis.
A Igreja Católica carrega em sua história mais de 22 santos com o mesmo nome desse santo, como São Dionísio Areopagita e São Dionísio de Alexandria, o que leva a muita atenção para que a hagiografia de cada um desses homônimos não seja falseada.
Seguem , 3 versões de Sãos dionisios, não tive tempo de buscar os outros 19
Santo francês nascido provavelmente em Roma, primeiro bispo de Paris e padroeiro da França. Pouco se sabe sobre sua vida. Segundo são Gregório de Tours, na Historia francorum (História dos francos), foi um dos sete bispos enviados à Gália para converter o povo ao tempo do imperador Décio, em meados do século III. Tornou-se bispo de Paris, então chamada Lutécia e, à época da perseguição aos cristãos desencadeada pelo imperador Valeriano, o governador romano da província mandou martirizá-lo (258), provavelmente no vilarejo de Catulliacus, atual Saint-Denis, nos arredores de Paris. No local de seu túmulo se ergueu a abadia de Saint-Denis-de-l'Estrée, demolida no século XVIII. No século V construiu-se uma basílica próxima ao túmulo e em uma nova abadia (626). Conta uma lenda que, após a decapitação, seu corpo andou até o local de sua futura abadia carregando a própria cabeça e guiado por um anjo, e, por isso, é comumente representado segurando nas mãos a cabeça decepada. Sua festa é celebrada em 9 de outubro.

Pseudo-Dionísio, o Areopagita ou simplesmente Pseudo-Dionísio é o nome pelo qual é conhecido o autor de um conjunto de textos (Corpus Areopagiticum) que exerceram, segundo os
historiadores da filosofia e da arte, uma forte influência em toda a mística cristã ocidental na Idade Média. Esses textos foram muito lidos e admirados pelo Abade Suger de Saint-Denis, construtor do primeiro grande exemplar de arquitetura gótica: a basílica de Saint-Denis[1] (ou Dionísio, em português).* [1].
O autor se apresenta como Dionísio, o
ateniense membro do Areópago, o único convertido por São Paulo (Atos dos Apóstolos, 17:34), no Século I. Mas provavelmente os textos foram escritos por um teólogo bizantino sírio do fim do século V ou início do século VI, originalmente em grego, depois traduzidos para o latim por João Escoto Erígena.
Até o
século XVI, os textos tinham valor quase apostólico, já que Dionísio fora o primeiro discípulo de Paulo de Tarso. Nessa época surgiram as primeiras controvérsias a respeito da sua autenticidade. Argumentava-se que os textos continham marcada influência de Proclo, da escola neoplatônica de Atenas, e portanto não poderiam ser anteriores ao século V. Mas, aparentemente por interesses políticos de alguns setores da Igreja Católica, somente a partir do século XIX essa tese foi aceita e o autor desconhecido passou e ser chamado Pseudo-Dionísio.
Apesar disso, por sua linguagem poética e pela coerente exposição de idéias, o Corpus permanece considerado como expressão autêntica do neoplatonismo ateniense e da tradição mística cristã.
Papa (259-268) e santo da Igreja Cristã de Roma provavelmente nascido na Grécia, sucessor de Sisto II, que manteve uma longa correspondência com Dionísio de Alexandria acerca da doutrina ortodoxa da Trindade. Sua origem grega não é de todo confirmada, nem se sabe com exatidão informações sobre sua formação anterior. Foi eleito (259), um ano após a morte do seu antecessor, por causa das perseguições desenvolvidas contra a Igreja pelo Imperador Valeriano I. Coube ao seu pontificado a missão de reorganizar a Igreja Romana em meio a graves desordens e em um momento em que os bárbaros se acercavam das portas do Império Romano. Reorganizou as paróquias romanas e enviou grande quantidade de dinheiro aos cristãos da Capadócia, para reequilibrar suas comunidades e restaurar os templos que haviam sido devastados pelos persas. Estabeleceu a paz com o Imperador Galieno, e obteve deste a liberdade para os cristãos com a publicação de um editto di tolleranza por parte do governo. Papa de número 25, morreu em 26 de dezembro (268), de morte natural e foi sepultado na Catacumba de São Calisto. Foi o primeiro papa a não ser indicado claramente como mártir e foi substituído por São Félix I (269-274).

3 comentários:

Unknown disse...

gostei muito desse estudo sobre as duas leituras do nome de dionísio, o texto está muito bom. fiquei tão curioso sobre tal assunto que gostaria de saber qual foi a sua referência biográfica?

Cezar Drake disse...

No que se relaciona a Dionísio, vieram de fontes como a Dionisiacas de Nono de Panópolis, Dionisio a céu aberto do Marcel Detienne, e altores como Roberto Calasso, Vernant, Robert Graves e outros.
Já sobre os santos chamados Dionísio Pesquisei na rede via Google

Anônimo disse...

gostei um pouco,deveria estar com mais detalhes