Nas próximas sextas feiras, dia de Afrodite, vou publicar mais alguns destes epigramas que falam de amor e da deusa da beleza.
Oferenda
Eis aqui algumas flores, amada Afrodite, Rainha do Ouro.
Colhi-as nos campos da querida Hélade, não as margens dos largos caminhos por onde passaram, depois do divino cego, o piedoso Ésquilo e o sábio Euripedes, Masw ao longo dos atalhos modestos, por onde a exemplo do elegante Meleagro, passearam Leônidas, honra de Tarento e o povo dos campos. Sei que adoras, Cipris estes caminhos humildes. Aí te vêem sorrir os amantes sem glória e as pequenas cortesãs. Perdemo-nos por eles muitas vezes com prazer.
Nem todas as amorosas procuram, Tintárida, aventuras ilustres. Conheces amantes que sem terem tido o destino de Paris, julgaram feliz a sua existência. E por ser muito famoso, Menelau não é, talvez, o mais digno de Lastima dentre daqueles que tu desgraçaste.
Assim, numa época em que os servos de um deus triste desejariam Proscrever-te, Citeréia, receba de mim esta guirlanda de flores.
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