A Graça de Cípris
Doce é a neve para o viajante que tem sede, no verão; Doce é a brisa da primavera para os marinheiros cansados do inverno; mais doce ainda, porém é a graça que Cípris concede a dois namorados que se mantiveram separados por longos dias.
Melita
Tens os olhos de Hera, Melita; tuas mãos são as mãos de Atena; seus seios são delicados como os de Afrodite; teus pés são mais alvos que os pés de Tétis.
Fita-me – e é uma alegria sem par!
Falas-me – e é uma felicidade!
Beijas-me – e eu me sinto um semideus!
Desposas-me – e torno-me Deus
A Oferenda a Cípris
Vê Boidion, a Tocadora de flauta, vê Pítia, ó rainha Cípris.
Outrora foram amadas: agora oferecem os seus cintos e colares.
Ó negociantes, ó marinheiros, vossas bolsas não ignoram de onde vieram os cintos,
de onde vieram os colares
Os olhos culpados
Olhos meus, intrépidos bebedores de beleza pura, será que sempre vos embriagareis com o néctar cruel de Eros?
Fujamos, fujamos para longe, para um recanto sereno, onde farei sóbrias libações em honra a Cípris tranqüilizadora. Se Eros ainda vier te aguilhoar-me, umidece-vos de lágrimas gélidas, olhos meus, sofrei para sempre esta pena. Terá sido justa: pois vós que me fizestes conhecer as criaturas encantadoras que, sem cessar, me lançam em fogueiras furiosas.
As Flores
Já se entreabriu a branca violeta, e o narciso hibernal, e o lírio amigo das montanhas. Já floresceu Zenóbia, que os amantes adoram, flor encantadora entre todas as flores, rosa delicada de todas as rosas.
Ela passa. Ó Campinas, vão o brilho de vossas folhagens, vosso sorriso se desfaz. A criança é mais bela que as coroas de frescos perfumes .
(Sexta estarei bem longe da rede, por isto esta semana os epigramas amorosos da Grécia antiga que nos remetem aos encantos de Afrodite, foram publicados hoje.)
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