È incrível, como podemos sentir tanta saudade da voz de uma criança, as vezes ando tão desesperado, para ouvir a voz da princesa Joana, que se encontra prisioneira de corpo e alma da Bruxa má do Oeste Ligo, vezes inutilmente e outras que ela fala muito pouco, pois a Malvada que a aprisiona, praticamente, domina sua mente.
Cercada de Espinhos impenetráveis, e guardada pela virago, vestida de magoa e ódio, não compreendeu que amor só existe a dois e que amor sem reciprocidade, não é amor, mas sim algo próximo da doença. Que transforma o amor em ódio, e de certa forma impede o contato e separa o sangue, algo que é castigado pelos deuses.
Amores que acabam, não devem se transformar em ressentimentos e fúria, a menos é claro que este rompimento fosse causado por mentiras e traições não apenas físicas, mas sim traições de alma. Que é a traição da confiança e falta de consideração.
Mas voltando a Joana, tenho feito o que posso pra não perder o contato, ligo, mesmo que assustada pela descrição que devem fazer sobre o demônio, consigo ainda arrancar duas ou mais palavras dela, ainda que sejam Pai Catacumba ou to vendo a Xuxa. Não vi a Princesa nem no seu aniversario, mas mandei presentes, e nem uma foto da menina com as roupas que mandei consegui ver.
A princesa cresce longe dos meus olhos, cercada de escuras brumas, que a escondem de mim no longínquo oeste, muito além do arco íris, so me resta a sua voz, pequena frágil e infantil a me dizer Pai, pai catacumba, vou ver a Xuxa, mas só isto, já me alegra, pois ela sabe que mesmo a distancia, existo, a amo e um dia ela ira crescer e o poder da bruxa má vai se esvair, e nos reencontraremos, mas eu já terei perdido toda a sua infância, mas ainda que triste sei, que meu sangue não se perderá, um dia a minha princesa menina vai se aproximar sozinha.
Até Pensei
Chico Buarque
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
6 comentários:
Hummm...
Bruxas mas sao vencidas com a sabedoria milenar que os Dragoes carregam em si.
Princesas-criancas, sao fontes de magia nobre que quando explode no ar por algum motivo, a primeira coisa a destronar eh a mascara que por si soh comeca a rachar, ai nao tem mais o que possa segurar!
Beijocas
(teclado sem acento!)
Ventos vem
Ventos vão
O Senhor da Impermanencia
Reina nos dias dos homens
...e crer na permanencia é tão vão
Como é vã a tentativa de subjulgar o poder do sangue.
Dragão...apenas contemple o tempo.
Sua sempre amiga
GullVeigg die Hexe
Mesmo prisioneira, a princesa-menina sabe que o amor transpõe os altos muros de seu castelo. Esse amor chega até ela e a alimenta, até o dia em que será livre. Até o dia em que puder olhar-se no espelho e mirar a verdade...
Bjos...
Sentimentos díficeis de administrar. Demora muito para certas bruxas verem que são madrastas. Sem pensar nas consequências que iram criar as suas princesas. Tão belas e confusas procurando um masculino deturpado por desamores maternos. quem dera todos os homens quisessem tanto exercer seu papel. Só posso apoiá-lo não há o que comentar.
Filhas de Dragões sabem voar e atravessar portais , ela está o tempo todo contigo ... um beijo no seu coração ...
Quando leio algo assim penso:
Porque os amores terminam assim se deixaram lindas presenças no mundo?
Uma princesa por si só não tem o poder de neutralizar todos os rancores?
Penso que sim...
É só saber esperar...
Beijos
Eunice
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