Ela é sensacional porque era tão obvia, que mesmo com pelo menos uns 500 anos de dissecação de cadáveres sistemáticas e estudos da anatomia na medicina só foi descobertas por antropólogos.
E o mais interessante eles não fizeram esta descoberta fazendo considerações sobre nós humanos.
Desde que nossos ancestrais se tornaram bípedes que nosso centro de gravidade passou a se localizar na bacia. Nos homens este centro de gravidade não se altera, já nas mulheres ele se desloca durante a gravidez. Para compensar esse desequilíbrio elas curvam a parte inferior da coluna e acentuam a lordose.
Esta modificação de postura chamada lordose fisiológica, pode ser observada em todas as gravidas, que a usam para restabelecer o equilíbrio. Durante milhões de anos as mulheres (ou fêmeas nos hominídeos), passaram parte das suas vidas gravidas e isto deveria ter favorecido a seleção de características que facilitassem esta transição do centro de gravidade.
Convencidos que isto teria causado alterações no corpo da mulher, os antropólogos, passaram a comparar esqueletos de homens e mulheres. E descobriram uma pequena diferença na forma das vértebras lombares, nos homens elas são aproximadamente no formato de cubos e nas mulheres estas vértebras tem formato de cunha. Esta pequena diferença nunca antes descrita pela ciência explica a facilidade que as mulheres curvam a espinha e provocam a lordose necessária para manter o equilíbrio e o centro de gravidade durante a gravidez. Esta modificação causada pela seleção natural só é encontrada no gênero homo, ou seja apenas nos hominídeos que desenvolveram a postura ereta.
O Homem por mais que desenvolva a barriga pelo consumo da cerveja, são incapazes de desenvolver a lordose fisiológica, enquanto as mulheres jovens, mesmo antes de engravidar, são capazes de forçar a lordose arrebitando as nádegas.
Como Darwin já havia observado, as características sexuais secundárias, acabam sendo usadas para atrair o outro sexo, as mulheres usam desta habilidade para nos deixar malucos, quando arrebitam as bundinhas e cá pra nós... VIVA esta diferença !!!!!
(Mais informações em Fetal Load and evolution of lombar lordosisin bibedal hominins – Nature, vol 450, pag 1075)
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