quarta-feira, novembro 07, 2007

MARS VLTOR


O culto ao Divus Julios juntamente com o de Venus Genitrix visavam firmar a conexão dos governantes da Roma Imperial com os deuses da Cidade. Julio César depois da sua Vitória contra Pompeu ergueu no Fórum Romano um templo a Venus Mãe exatamente para homenagear a si mesmo e a "gens" a qual pertencia, a dos descendentes de Iulo (Ascanio filho de Enéas e neto de Venus) a Gens Iulios. Augusto ao elevar Júlio César á divindade reafirmava isto. Porém quando levantou o Grande Templo a Marte Ultor, Augusto consolidou a sua família (gens) ao deus fundador da Cidade.


Marte Ultor é o Marte vingador do sangue de Iulo e seu templo foi erguido depois que o ultimo dos assassinos de Júlio César foi morto, para mostrar que era da vontade dos deuses que o sangue de César fosse vingado.


Ultor é a palavra latina para Vingador e Marte Ultor é sua pesonificação divina. Ele é amante de Nemésis (Ultrix) e é acompanhado por seus filhos Fobos e Deimos (Medo e Terror) e pelas Fúrias enquanto caminha pela terra buscando a vingança de quem ofende aos deuses e a sua linhagem. É o ultimo epíteto de Marte, pois não existe mais nenhum após ele. Quando as leis humanas não condenam a um transgressor das divinas leis do universo regidas por Têmis é a Marte Ultor que vai cobrar a divida.


Aparentemente aterrador, só deve ser temido por quem despreza ou tenta se comparar aos deuses, para estes a sua espada vingadora decepa a cabeça logo apos ele Ter confirmado sua identidade no pergaminho que carrega. Para os demais ele se comporta como um soldado, é amigo dos amigos e os protege.


Ao contrario da Grécia que via em Ares um Deus estrangeiro proveniente da Tracia e como estrangeiro tratado como bárbaro, o Marte romano tinha varias configurações e era adorado em vários nomes e variadas funções. De Deus fundador da Cidade na forma de Quirino (um deus sabino representado por uma lança - Quiris). O culto foi criado por Numa Pompilio o 2º Rei de Roma na figura de Rômulo, o fundador da cidade que foi colocado no rol dos deuses da cidade como Marte Indígite (classe de deuses, que tinham apenas uma função e que eram os deuses originais de Roma – dii Indigetes). Quirino era epíteto de Marte e Jano, Augusto quando Imperador adotou este nome. As Quirinais, festas em honra a Rômulo, transformado em Quirino, eram celebradas em 17 de fevereiro.



Gradivus, Pater Gradivos ou Rex Gradivos cuja a raiz parece ter vindo de grandis, grandire, ou seja, crescer. É o deus que faz crescer as plantações, assim como os romanos o Mars Gradivo era Agricultor e depois se tornou guerreiro.


Marte, Marspiter (Pater Mars) ou Mavors, palavra que se assemelha mors (morte) eram nomes para o Deus da Guerra dos romanos. Seus cultos eram dirigidos por um Flamen* (flâmine) e seus sacerdotes chamados de Sálios que executavam em sua honra danças guerreira nos vários templos do Deus na cidade. O primeiro mês do ano Março era dedicado a ele e O local para treinamentos militares dos jovens romanos era chamado de Campo de Marte.


Foi identificado com o Ares grego, apesar da pouca semelhança que havia entre os dois.


AVE PATER GRADIVUS, que sua energia faça a força crescer em nós !


* Flâmines – classe particular de sacerdotes instituída por Numa Pompilio. Eram chamados assim pelo fio de Lã laranja que amarrava seus cabelos.

A principio eram 3 destinadas as maiores divindades de Roma: Jupíter, Marte e Quirino (Jano), depois seu numero foi aumentado para 15, os três primeiros Chamados de Flâmines maiores eram tirados do Senado, os demais os Flâmines menores eram escolhidos nas famílias plebéias.

Dialis Flamem era o maior deles e era o sacerdote de Júpiter.


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