sexta-feira, outubro 05, 2007

Nimphe



Vem
Eu dou
Esquento
Agüento
Viro comida
Supimpa
Escandalosa
Gulosa
Com Nervos
Anseios
Pelos meios.
Entrecortada de nesgas
Não sou costura
Mas tenho bainha
Põe sua arma nela
Já é minha.
Agüento
Com loucura
Seu intento
Não invento.
Vento
Que vem forte
Como furacão
Derrubando tudo
Fico desnuda
Tesuda
Corpo literário
Temerário
Complexo
Pelos atos
Em desacato à moral
Tradicional.
Vejo as veias
Em seu membro saltarem
A latejar
De prazer sucumbido
Quando com minha língua
Lambo seu umbigo.
Descendo vou
Para seu nervo do amor
Totalmente endurecido
Tetânico
Querendo ser engolido.
Grita
Serpenteia
Esperneia
Mas caia em minha teia.
No fim reconheça
Sou somente sua
Com todas as minhas tretas.
Manhas que uso
Quero a você arrebatar
Jamais em outra pensar
Eu, sozinha
A única
Soberana a reinar.
De seu corpo
Trago em minha boca o
Paladar.
(Graça da Praia das flechas,
Brasil in Usina de Letras, 2007)

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