segunda-feira, outubro 22, 2007

Ser da tribo

Não importa muito como a chamamos, se tribo, gens, familia ou clã, o significado é um só: Comungar as mesmas crenças e respeitar aos outros como irmãos. Nada desta coisa hipócrita de ordens mágicas onde chamamos os companheiros de irmãos e os traímos na primeira oportunidade.

Ser da tribo é ser acolhido, é aceitar uma nova família, a família que você fez a opção de participar e onde os laços de sangue são substituídos por laços ainda mais fortes que o próprio sangue, os laços espirituais de uma existência, amigos e irmãos há muito perdidos na roda das encarnações, que se reencontram e se reconhecem.

Ser da tribo é deixar o eu pelo nós. É esquecer as futilidades do convívio social e se entregar sem medo e sem interesses à esta nova família.

Ser da tribo é compartilhar conhecimentos e segredos da sua alma. É receber apoio sem precisar pedir e ver nos olhos de quem te apoia não um brilho complacente ou superior de quem te ajuda, mas sim a verdadeira felicidade do prazer de compartilhar um momento junto e fazer desde momento algo mágico, que nos parece irreal no mundo que vivemos.

Ser da Tribo é deixar sua individualidade, é parar de querer ganhar vantagens sozinho e compartilhar as vitórias. É deixar de atropelar pessoas que gostam de você por uma vantagem pessoal. É respeitar aqueles que o cercam.

Bem ... porque estou falando isto?

Porque nesta semana que passei sumido, pude ver tudo isto acontecendo no seio da família que decidi fazer parte. Vi o esforço coletivo destas pessoas que viajaram, ficaram noites sem dormir, dispuseram recursos financeiros para que um objetivo comum se concretizasse, e vi nos olhos de todos eles a felicidade de partilhar um pouco de suas vidas comigo.

Ontem acordei como um membro da Tribo, e pude perceber que isto é muito importante, não aquela importância banal que tem as coisas feitas por algum objetivo escuso, mas sim a importância de participar da vida de pessoas que amamos, que queremos ficar juntos, simplesmente por que temos prazer de estar com elas.

Hoje sinto que sou parte da Tribo, qual tribo? Não importa, o nome ou os objetivos. O que importa é que é a minha tribo.

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