O filme já começa com a advertência
“Qualquer semelhança com eventos e pessoas da vida real não é coincidência. É intencional”.
Por causa do vigor de suas denúncias, o filme chegou a ser proibido no Brasil, na época da ditadura militar, e ficou proibido durante 10 anos e creio que se for relançado no Brasil, possivelmente será proibido novamente.
Embora Costa Gravas fale sobre a militância a favor do bem-estar social, da liberdade, da igualdade e do respeito aos Direitos Universais do Homem, e das posições tomada no caso por um governo de direita militarista, podemos a qualquer momento ver as ações de um governo de esquerda como o governo de Cuba ou da Venezuela, ou até mesmo do presidente Lulla, com restrições a imprensa Livre e suas milícias de militantes violentos como vimos no caso da semana passada onde militantes petistas cercaram o candidato de oposição, que fazia uma passeata pacifica.
Um filme denúncia contra regimes totalitários, não importando a ideologia política, e que sempre será atual, pois combate e denuncia a luta tanto da direita quanto da esquerda contra a liberdade e a justiça e seus tiranos e regimes ditatoriais.
Assisti no sábado após 30 anos de ter visto a primeira vez, e novamente percebi que nem a direita ou a esquerda aceitam a luta pela liberdade individual e coletiva de seu povo.
Assistam ou revejam, caso não seja encontrado nas lojas ou locadoras é possível baixar na rede tanto o filme quanto a legenda
Percorrendo os meandros viscerais até o âmago do ser humano, o inferno da mente. E dali retornar um novo ser, sem mais nenhum medo, vencendo as trevas da ignorância.
segunda-feira, outubro 25, 2010
sexta-feira, outubro 22, 2010
A arte de esconder a verdade.
Dia 20 de outubro de 2010, aconteceu o pior ato da campanha eleitoral de 2010.
Um candidato de oposição a Presidência da Republica é impedido de caminhar livremente por uma via publica, por um grupo de militantes pagos pelo partido do governo.
Isto ficou claro em todos os vídeos exibido por todas as emissoras. Estes vídeos mostraram também que a ação foi planejada, pois primeiro um grupo pequeno parou a comitiva do candidato, esperando um grupo maior e uniformizado que chegaram minutos depois. Isto foi mostrado em todas as TVs, portanto inquestionável.
E como este ato de violência foi repudiado pela nação, recebeu ainda no mesmo dia a censura da Candidata do partido do governo.
No dia seguinte, tanto ela e o presidente da republica, mudaram de lado e passaram a chamar de armação do candidato opositor, que encenou ter sido ferido por uma simples bolinha de papel.
É aí que se começa a esconder a verdade. O ato de restringir a liberdade constitucional de “IR e VIR” é o que foi a maior violência. Um grupo uniformizado, com camisetas e bandeiras do PT, que chegou agressivamente ao local, como tudo que vimos em filmes e noticiários sobre a ascensão do nazi-fascismo.
Não importa saber o que atingiu o candidato Jose Serra, afinal ele não foi o único atingido, uma repórter ao seu lado foi ferida com uma pedra, e a democracia foi ferida por um ato inconstitucional, feito pelo partido que governa o país. O próprio estado agindo contra a constituição, a qual deveria respeitar e proteger.
Este flagrante delito é maior que esta estúpida discussão, sobre bolinha de papel ou rolo de fita, criada exatamente para esconder o mais grave, que é o que nos espera caso a candidata do governo ganhe as eleições, “a perda das garantias constitucionais a liberdade dos brasileiros”.
sexta-feira, setembro 24, 2010
Sine Cerere et Libero friget Venus
(Sem Deméter e Dioniso, a Venus Definha - Sem pão e vinho o amor enfraquece)
Primeiro achei esta frase genial, uma versão romana para a nossa:“Quando a necessidade entra pela porta o amor sai pela janela”
Percebendo cada vez mais o quanto repetimos os antigos no nosso dia a dia, mas ela ficou repetindo na minha cabeça na pronuncia restaurada das aulas de latim “Sine Kerere et Libero friguet Uenus” e a cada repetição, ela se mostrava mais rica. Afinal não é apenas Venus que precisa de Ceres e Baco e nem mesmo o amor precisa apenas disso para se manter. E fui criando listas e listas de interdependências dos deuses.
Começei com a própria frase, Ceres e Dioniso, não são apenas pão vinho. Em Ceres temos toda a renovação anual do ciclo da vida, o que lembra aos amantes que também é preciso se renovar. Em Dioniso temos toda a loucura necessária para a paixão, pois é preciso a insanidade para se entregar inteiro ao outro e às vezes se deixar cair de costas tendo a certeza que será amparado.
E discorri algumas horas sobre o tema e vi que este amadurecia em uma verdade eterna, os deuses perdem sua força e definham quando estão sozinhos. Que seria de Athena, com toda sua estratégia, sem Ares e Enio para sujar as mãos na batalha. Um exército de Athenas perderia a guerra sem soldados ou sem o clamor da batalha, como uma tropa de sanguinários, que atacassem sem um general com a visão da batalha.
Mesmo Zeus não governaria o universo sem a ajuda de outros deuses, Hades governaria um mundo desabitado, sem uma Venus Libitina, a personificação do amor derradeiro, que prepara seus entes queridos para a viagem ao mundo subterrâneo. E que esperança haveria sem que Perséfone estivesse ao lado de Plutão, indicando o caminho para um renascimento de uma primavera.
Não consegui, imaginar nem um deus que trabalhasse sozinho, mesmo Hefesto precisa da beleza de Afrodite sua primeira esposa e de Aglaia a mais linda das graças, para criar o deslumbramento da beleza na sua arte.
Os deuses pagãos trabalham em conjunto, sempre vemos o dedo de um no trabalho dos outros, é esta Harmonia e cumplicidade, que deixaram os deuses tão perto de nós, e fizeram que eles permanecessem nas artes e literatura, mesmo quando seu culto foi abolido por força das armas.
É o conjunto dos deuses que os tornam mais semelhantes a nós, a interatividade que os tornam grandiosos e eternos. Por isto filhos dos deuses que não podemos louvar a um só, já que é impossível apenas um compreender toda a complexidade do ser humano e do universo que nos rodeia.
Assim filhos dos deuses, não acreditem que exista um deus mais forte e poderoso que os demais, cada um deles é uma força natural que em conjunto governam o infinito. E no momento que perceberem esta realidade, finalmente verão o quanto é ridículo, um humano se julgar acima dos outros.
quarta-feira, setembro 22, 2010
Tocando em frente
Um poema de Fausto Fawcett, nem sempre tão claro e ao mesmo tempo enigmático, ganha a força da palavra na voz de Maria Betânia e fazer o que? Temos que seguir em frente ainda que não nos compreendam, já que a mente dislexia troque as virgulas e crie novas funções para as palavras que nos escapam pela boca e ganham asas e voam conta a nossa vontade, ganhando os céus e o mundo.
Palavras ditas e não ditas, que são ouvidas ou não, já que ouvidos moucos ou que se fazem de moucos podem não nos escutar ou querem não compreender os signos que contém cada palavra.
Enfim, vamos tocando em frente, porque já vimos o filme e sabemos seu final, que em nada nos surpreende já a trama nunca esteve amarrada e o roteiro é uma história brega que foi mal trabalhada.
Acreditamos que tudo pode mudar, pois fomos criados para crer na superação, julgamo-nos todo poderosos e que temos a sina de mudar o mundo, mas se não mudamos nem mesmo a nós mesmos e assim como podemos mudar alguém ou algo.
Seguimos sem lágrimas pelo muito que já choramos, ainda sem sorrir mas com a mente esperta e aberta, para tudo que não vimos, e nem veremos, pois tudo ficou pra trás. E não podemos mudar o passado, nem projetar o futuro, pois dele nada sabemos, no resta o hoje e este é ir tocando em frente.
terça-feira, setembro 14, 2010
Spartacus, para meninos Grandes
Com uma estética de Comics, que vimos em Sin City e 300, já existem torrens para Download da serie Spartacus Blood and Sand, que está passando em alta definição na TV paga.
É realmente impressionante o volume de sangue que é gasto na série, também tem as melhores lutas de gladiadores, que podemos ver até hoje, tanto no cinema quanto na TV. As lutas são maravilhosamente coreografadas, com efeitos de pausas ou slow motion, que parece coisa da super câmera, algumas lutas são de arrepiar.
Por enquanto só vi os 3 primeiros capítulos, e fora alguns deslizes históricos que arrepiam mais que as cenas de lutas, embora minha mulher diga que eu reclamo demais e que 99,9% das pessoas nem vão saber. Mas a reconstrução de época é boa, com figurinos e ambientes tão bons como as do Roma da HBO e com (muitas) cenas de sexo bem mais quentes que aqueles programinhas da multishow e GNT a série é um bom programa para crianças grandes, que ainda sonham em fazer coleção gladiadores de chumbo e brincam de luta com seus cachorros.
As mulheres podem reclamar das lutas e do sexo gratuito, mas também podem também deleitarem-se com o corpo do elenco de gladiadores, é tanto homem forte e bonitos que mais parece a parada gay de S. Francisco, barriga tanquinho é o que não falta.
A noite devo assistir mais 3 se piorar muito aviso para vocês, mas parece que eles não estão brincando, já iniciaram a gravação da segunda temporadas, antes mesmo da estréia desta primeira temporada
segunda-feira, setembro 13, 2010
Ágora
Esperei muito para encontrar este filme para baixar, nas primeiras vezes no ano passado, só encontrava versões filmadas nos cinemas, com uma péssima qualidade.
Acabei esquecendo e neste fim de semana lembrei-me dele. E quando procurei encontrei uma versão excelente, as legendas também estavam boas e bem sincronizadas.
Valeu muito à pena a espera, há muito não via nada tão bom sobre a conquista do cristianismo sobre as religiões antigas. Mostra toda a intolerância cristã e o inicio do que vemos até hoje, a briga do cristianismo contra todo e qualquer avanço da ciência.
Num mundo dividido na virada do Século IV para o V entre os anos 355 e 415e Alexandria é a cidade da tolerância, onde as religiões convivem e a ciência avança. Nesta época Santo Agostinho escrevia próximo dali em Hipona suas “Confissões” e nono de Pánopolis escrevia o ultimo grande poema épico pagão as Dionisíacas.
A biblioteca de Alexandria era um centro de estudos e divulgação do saber dirigido pelo filósofo Theon, o último diretor da Biblioteca e Academia. O filme conta parte da vida da filha deste, a filósofa Hipátia de Alexandria.
Com cenários maravilhosos e uma produção impecável de época, as imagens do final da antiguidade contrastam com o linguajar moderno da intolerância religiosa das religiões monoteístas de hoje. O que creio tenha sido a razão da falta de divulgação do filme no Brasil, dominado pelo cristianismo intolerante dos evangélicos, que trocam votos dos seus fiéis por benesses do governo e não a aprovação de vários projetos que desagradam os religiosos, dificultando a aplicação total da nossa constituição laica.
É lastimável, ver que depois de mais de um milênio continuamos seguindo a intolerância dos primeiros cristãos, no que concerne aos avanços da ciência e a as opções individuais das pessoas.
Um grande Filme, para baixar gravar, ter e ver para ver infinitas vezes, para não esquecer jamais, que o amor pregado por Cristo foi tão deturpado por seus seguidores em sua busca pelo poder.
O que mais me pesou, foi ver que sem a interferência da igreja cristã nascente nas teorias de Hipátia, teríamos adiantado o conhecimento que hoje temos em pelo menos 1400 anos. É que certamente isto ocorreu não apenas com a astronomia, mas também com a medicina e outras ciências.
Procurem ver!
segunda-feira, agosto 30, 2010
Sindicalista, Socialista e Ateu, no poder, virou Fascista.
Nem nisto somos originais, já que o Benito Mussolini seguiu esta trajetória antes.
Além da fotografia maravilhosa tanto a cores como em preto e branco e a beleza de pintura da atriz Giovanna Mezzogiorno, o filme “Vincere” de Marco Bellocchio, nos mostra claramente o que acontece com as pessoas na busca do poder, quando todos seus ideais são desfeitos pelo oportunismo.
Vincere apesar de lindo visualmente, nos causa incômodos e náuseas durante os 120 minutos do filme. A história não oficial, porém verdadeira, de Ida Dalser a mulher apaixonada que vendeu tudo que tinha para impulsionar a carreira oportunista e populista do futuro Duce e do filho dos dois é comovente chegando às raias do absurdo.
Vale a pena ver, como a história se repete, nem sempre como farsa e que precisamos apreender com o passado.
segunda-feira, agosto 23, 2010
Ubi non sis qui fueris, non est cur velis vivere
(Quando não é o que foste não há razão para viveres)
Cícero já definia esta máxima como um provérbio antigo. Creio que até alguns anos atrás não entenderia esta sentença, mas hoje a maturidade, o conhecimento e a pratica religiosa, fizeram com que a entendesse perfeitamente.
Cícero já definia esta máxima como um provérbio antigo. Creio que até alguns anos atrás não entenderia esta sentença, mas hoje a maturidade, o conhecimento e a pratica religiosa, fizeram com que a entendesse perfeitamente.
Embora a primeira vista ela nos pareça uma revolta contra a velhice, que não teríamos mais função depois que passássemos da maturidade, quando a analisamos sob uma ótica pagã, percebemos que a sentença nos leva a lembrar de quem éramos na infância, isentos das influências do meio.
Na infância é quando somos nós mesmos, nossos pensamentos sonhos e fantasias ainda não foram esmagados por conceitos e preconceitos sociais. Nossos pais e a escola ainda não nos ensinaram que devemos sufocar nossos sonhos e fantasias, para vivermos no mundo e que muitos dos nossos sonhos nos levarão ao fracasso e a ruína.
Na adolescência e juventude somos constantemente reprimidos, para que nos tornemos no futuro em profissionais competentes e possuidores de ótimos salários e vai ser exatamente isto que fazemos na maturidade, buscamos o material e dinheiro, para realizar sonhos de consumo impostos pela sociedade, embora estes não façam o menor sentido para as pessoas que fomos, ainda que de forma embrionária.
Esta maturidade que a penas visa as imposições sociais, esta vida que levamos apenas para agradar aos outros e a sociedade, nos leva a um enorme vazio, que buscamos preencher com mais sonhos de consumo. O que nos leva irremediavelmente a depressão e a infelicidade.
Se não lembrarmos quem fomos na infância, adolescência e juventude, e não buscarmos um equilíbrio ente a criança que éramos e o adulto que somos, nunca teremos uma maturidade plena nem atingiremos a excelência como seres humanos.
Seremos sempre fracassados para nós mesmos, não importa que tantos nos julguem vencedores, no nosso íntimo sempre faltará alguma coisa, sempre teremos algo como uma fome insaciável que nos corrói e nos afasta da plenitude.
Precisamos a cada dia lembrar-se de quem fomos, pois aí com certeza saberemos quem somos.
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terça-feira, agosto 10, 2010
Invictus
Invictus
(Título Original: "Invictus")
Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
segunda-feira, agosto 09, 2010
Ontem à noite assisti Invictus
Estava com o DVD em casa já fazia alguns meses, mas relutava em assistir a obra de Clint Eastwood com Morgan Freeman e Matt Damon, Hollywood falando de segregação racial, devia ter algo de piegas e com certeza forçaria a barra.
Mas, na falta de outra coisa, coloquei no DVD player e me surpreendi com a maneira como o Nelson Mandela , uniu um país social e racialmente dividido, usando o esporte. O rugby o esporte praticado pela classe dominante é usado como uma metáfora de como podemos unir um país em busca de um ideal de igualdade.
O filme aborda o primeiro ano de mandato de Mandela como Presidente e nos mostra que quando os ideais são maiores que os homens tudo é possível. E que Mandela, usou o perdão acima de sua própria dor e com ele começou a unir a Africa do Sul, usando na sua própria segurança, agentes do governo anterior que até então o perseguiram.
É engraçado, que apesar da sua popularidade, o nosso presidente, não perdoa a suas duas derrotas no primeiro turno para o FHC. Com isto perdeu a chance de mostrar um mínimo de grandeza, que é o que esperávamos dele como presidente do Brasil. Lula, apesar de ter usado toda a estrutura deixada por seu antecessor, nunca foi capaz de reconhecer o trabalho de FHC.
Outro grande erro, foi a criação de cotas para negros nas universidades, já que a divisão aqui no Brasil não é racial, mas sim social. Portanto, não são os negros, mas sim toda a classe trabalhadora e proletariado, aí incluindo os negros, que deveriam ter cotas nas universidade. Mais simples, prático e verdadeiro. Assim nosso presidente demonstrou, que não chega nem perto do estadista que ele diz que é, não tem a grandeza de espírito que o cargo precisa. Foi lamentavelmente mais um populista, que manipula dados e pesquisas em seu próprio beneficio. E que na hora do aperto, diz que não sabe de nada, por medo de cortar na própria carne, ou seja seu partido, todos os que se corromperam e transformaram este país num mar de lama.
Que pena, mas podemos ver no filme como poderia ter acontecido conosco e com o Brasil, se tivéssemos tido por aqui um grande homem.
Mas, na falta de outra coisa, coloquei no DVD player e me surpreendi com a maneira como o Nelson Mandela , uniu um país social e racialmente dividido, usando o esporte. O rugby o esporte praticado pela classe dominante é usado como uma metáfora de como podemos unir um país em busca de um ideal de igualdade.
O filme aborda o primeiro ano de mandato de Mandela como Presidente e nos mostra que quando os ideais são maiores que os homens tudo é possível. E que Mandela, usou o perdão acima de sua própria dor e com ele começou a unir a Africa do Sul, usando na sua própria segurança, agentes do governo anterior que até então o perseguiram.
É engraçado, que apesar da sua popularidade, o nosso presidente, não perdoa a suas duas derrotas no primeiro turno para o FHC. Com isto perdeu a chance de mostrar um mínimo de grandeza, que é o que esperávamos dele como presidente do Brasil. Lula, apesar de ter usado toda a estrutura deixada por seu antecessor, nunca foi capaz de reconhecer o trabalho de FHC.
Outro grande erro, foi a criação de cotas para negros nas universidades, já que a divisão aqui no Brasil não é racial, mas sim social. Portanto, não são os negros, mas sim toda a classe trabalhadora e proletariado, aí incluindo os negros, que deveriam ter cotas nas universidade. Mais simples, prático e verdadeiro. Assim nosso presidente demonstrou, que não chega nem perto do estadista que ele diz que é, não tem a grandeza de espírito que o cargo precisa. Foi lamentavelmente mais um populista, que manipula dados e pesquisas em seu próprio beneficio. E que na hora do aperto, diz que não sabe de nada, por medo de cortar na própria carne, ou seja seu partido, todos os que se corromperam e transformaram este país num mar de lama.
Que pena, mas podemos ver no filme como poderia ter acontecido conosco e com o Brasil, se tivéssemos tido por aqui um grande homem.
quarta-feira, agosto 04, 2010
Dzi Croquettes - eu ainda me lembro.
É engraçado como algumas coisas são completamente apagadas da nossa memória, esquecendo acabamos por repetir os erros e a não se lembrar dos acertos.
No começo dos anos 70, com a ditadura instalada, a nossa liberdade cerceada, nossa imprensa, teatro, musicas e manifestações artísticas e culturais censuradas, nasceu os Dzi Croquettes, um espetáculo teatral, que mesmo sem percebermos, mudou a visão de uma geração.
Nos esquecemos da Ditadura, tanto que vemos hoje um governo censurando a imprensa e fazendo alianças com cruéis ditaduras mundiais, e não lembramos mais de quanto sofremos com isto no passado. Se na ditadura, se não fossemos de direita éramos considerados criminosos de esquerda, hoje se criticamos o governo petista, somos hostilizados, por sermos reacionários de direita. Quanto tempo vai demorar para repetir o passado?
Aos 21 anos, assisti varias vezes o show musical dos Dzi Croquettes, era algo que hipnotizava. Homens (não vale a pena discutir aqui suas preferências sexuais) caricaturados de mulheres colocavam toda a força do masculino na dança. Que a principio parecia ser um espetáculo gay se transformava numa salada pansexual e a convivência do masculino com o feminino no mesmo corpo. Movimentos femininos, num corpo masculino, com pelos no peito e nas pernas, bigodes e barbas, transformando o show numa visão carnavalesca dos blocos travestidos percorrendo as ruas em fevereiro.
A lição que aprendemos com os Dzi, é que todos têm o masculino e feminino no seu interior e, portanto, qualquer sentimento de preconceito por opção sexual é contra nossa natureza dualística. Com isto aprendi a conviver com pessoas, com gente. E gente não se define por sexo, cor raça ou religião.
Posso nunca mais ter falado deles, praticamente me esquecido do espetáculo, mas a lição que aprendi com eles me tornou uma pessoa melhor.
Um grande documentário, que me fez sentir saudade e orgulho de pertencer a uma geração que ainda via novidades, que possuía uma vanguarda real e não estas infindáveis repetições pós modernistas que querem nos impingir como vanguarda e avanço político.
sexta-feira, julho 30, 2010
Hipocrisia Ecológica (1)
Sacolas plasticas de supermercado
Não que os militantes ecológicos, não tenham uma certa razão para comemorar , afinal uma vitória é sempre uma vitória, mesmo que seja uma Vitória de Pirro*
Todos comemoraram a lei que no Rio de Janeiro proíbe aos supermercados oferecer saquinhos plásticos para carregar as compras. Legal, sacos plásticos demoram para se decompor na natureza e tal e tal...
Não usar os sacos plásticos é realmente uma atitude ecológica, teve até a campanha de Radio “Saco é um Saco”, com a Xuxa Meneghel e a Maitê Proença patrocinada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Fato comemorado por Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, que acredita que a adesão de artistas na campanha ajudaria a conscientizar os brasileiros.
Proibindo os supermercados distribuir as mal faladas sacolinhas, resolvemos o problema do lixo não reciclável? É claro que não, afinal, devemos levar nosso lixo até a porta da rua, onde os coletores de lixo o recolhem. E como os levamos? Não podemos carregar nosso lixo orgânico com as mãos e empilharmos na porta de casa, mesmo porque isto deixaria nossas cidades ainda mais sujas e com certeza aumentaria a já desproporcional população de ratos e baratas.
Se não me engano existe lei que nos obriga a colocar o lixo em sacos plásticos para coleta, ops...
Se somos obrigados por lei a colocar o lixo acondicionado em sacos plásticos para a coleta, e os supermercados são proibidos de nos oferecer sacolas plásticas, com as quais usamos para colocar o lixo na porta, teremos que comprar nos próprios supermercado sacos de lixo, como aqueles pretos, que são mais grossos que as tais sacolinhas, ou seja trocamos as sacolinhas de plástico fininhas, pelos sacões de lixo mais grossos e maiores. A natureza ganha o que com isto? Nada, os sacos plásticos vão continuar a ser jogados nos lixões e aterros sanitários.
Quem ganha com isto? Os supermercados que passam a vender o que antes davam de graça.
Uma outra desvantagem de se colocar o lixo nos sacos pretos e grandes, é que usando as sacolinhas de supermercado dividimos melhor o lixo, e os catadores de lixo que passam com as suas carrocinhas, escolhem o que querem levar apenas apertando as sacolinha, percebem o que é papel e o que lixo orgânico. No saco grande, eles são obrigados a abrir o saco e a espalhar nosso lixo pela calçada.
Portanto, foi uma vitória da Natureza ou do Lobby supermercadista, que só fará o que estes empresários sempre fazem reduzir seus custos e aumentar o lucro.
Então ministério do Meio Ambiente? É pra comemorar, ou se perguntar quem levou grana nisso???
*Para quem não conhece, Pirro era um rei grego que derrotou duas vezes os romanos, e com isto arruíno-se irremediavelmente, já que não tinha como continuar lutando, pois o custo destas vitórias em homens, destruiu seus exércitos enquanto os romanos recebiam mais reforços. Ganhou duas batalhar e perdeu a guerra.
Não que os militantes ecológicos, não tenham uma certa razão para comemorar , afinal uma vitória é sempre uma vitória, mesmo que seja uma Vitória de Pirro*
Todos comemoraram a lei que no Rio de Janeiro proíbe aos supermercados oferecer saquinhos plásticos para carregar as compras. Legal, sacos plásticos demoram para se decompor na natureza e tal e tal...
Não usar os sacos plásticos é realmente uma atitude ecológica, teve até a campanha de Radio “Saco é um Saco”, com a Xuxa Meneghel e a Maitê Proença patrocinada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Fato comemorado por Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, que acredita que a adesão de artistas na campanha ajudaria a conscientizar os brasileiros.
Proibindo os supermercados distribuir as mal faladas sacolinhas, resolvemos o problema do lixo não reciclável? É claro que não, afinal, devemos levar nosso lixo até a porta da rua, onde os coletores de lixo o recolhem. E como os levamos? Não podemos carregar nosso lixo orgânico com as mãos e empilharmos na porta de casa, mesmo porque isto deixaria nossas cidades ainda mais sujas e com certeza aumentaria a já desproporcional população de ratos e baratas.
Se não me engano existe lei que nos obriga a colocar o lixo em sacos plásticos para coleta, ops...
Se somos obrigados por lei a colocar o lixo acondicionado em sacos plásticos para a coleta, e os supermercados são proibidos de nos oferecer sacolas plásticas, com as quais usamos para colocar o lixo na porta, teremos que comprar nos próprios supermercado sacos de lixo, como aqueles pretos, que são mais grossos que as tais sacolinhas, ou seja trocamos as sacolinhas de plástico fininhas, pelos sacões de lixo mais grossos e maiores. A natureza ganha o que com isto? Nada, os sacos plásticos vão continuar a ser jogados nos lixões e aterros sanitários.
Quem ganha com isto? Os supermercados que passam a vender o que antes davam de graça.
Uma outra desvantagem de se colocar o lixo nos sacos pretos e grandes, é que usando as sacolinhas de supermercado dividimos melhor o lixo, e os catadores de lixo que passam com as suas carrocinhas, escolhem o que querem levar apenas apertando as sacolinha, percebem o que é papel e o que lixo orgânico. No saco grande, eles são obrigados a abrir o saco e a espalhar nosso lixo pela calçada.
Portanto, foi uma vitória da Natureza ou do Lobby supermercadista, que só fará o que estes empresários sempre fazem reduzir seus custos e aumentar o lucro.
Então ministério do Meio Ambiente? É pra comemorar, ou se perguntar quem levou grana nisso???
*Para quem não conhece, Pirro era um rei grego que derrotou duas vezes os romanos, e com isto arruíno-se irremediavelmente, já que não tinha como continuar lutando, pois o custo destas vitórias em homens, destruiu seus exércitos enquanto os romanos recebiam mais reforços. Ganhou duas batalhar e perdeu a guerra.
quarta-feira, julho 28, 2010
Todos os Fogos O Fogo*
Creio que praticamente todas as religiões louvem o fogo. Mesmo nas religiões monoteístas o fogo é disfarçadamente louvado.
O fogo, ou melhor, o seu domínio, separa os homens dos animais, já que estes fogem ao menor odor de fumaça. Deixamos de ser animais ao controlar o fogo, pois este, como todos os demais elementos, pode ser tanto benéfico como altamente maléfico e destruidor.
O fascínio levou os humanos a coletar o fogo dos céus, através dos incêndios causados por raios, e com ele aquecer e proteger suas cavernas e acampamentos. Esta convivência pacífica entre o homem e os elementos nos fez ganhar as noites, antes amedrontadoras. Com a vitória sobre as trevas, os humanos não só ganharam conforto e proteção, mas também ganharam o tempo.
Esta vitória sobre o tempo permitiu que nas horas roubadas das noites eles desenvolvessem suas habilidades vocais, passando a dividir suas experiências com os outros, principalmente para os mais jovens. A narrativa oral e gestual permitiu nossa raça a distanciar-se dos selvagens e a desenvolver novas estratégias para a caça e a alimentação. Alimentos que antes eram impróprios para consumo humano, agora cozidos ampliavam o cardápio de nossos ancestrais, permitindo uma alimentação mais completa.
Portanto podemos vê-lo com uma diversidade de funções e associações e metáforas que usam o fogo como base.
No dicionário Houaiss encontramos mais de 24 significados para a palavra fogo, entre elas Paixão, Amor, Guerra, Paz ou Lar em uma sala com lareira onde uma família aquecida se reúne.
O fogo pode ser tanto luz como luz celestial, quanto as trevas subterrâneas onde as chamas castigam os ímpios, o fogo do Tártaro.
Louvamos o Fogo a partir de quatro divindades greco-romanas:
Hestia/ Vesta – O fogo purificador, o elemento em si das grandes fornalhas estelares.
Dioniso/Pater Liber – O nascido do fogo do raio, que com sua bebida, iguala a todos os homens.
Ares/Marte – O fogo paixão, o calor das batalhas, o fogo destrutivo, o amor que consome, enfim, o fogo que é difícil de controlar.
Hefesto/Vulcano – O fogo que produz, que cria maravilhas, o fogo das forjas que faz o aço, o fogo da inteligência, das artes, o fogo controlado e dosado.
Destes quatro, os dois últimos ganham importância no nosso calendário tropical como fogo novo e fogo velho. Fogo novo é o incontrolável, e fogo velho é o criativo e são lembrados em duas datas.
1 de março, feria igne leni, que é a passagem do vibrante fogo das paixões da primavera/verão para o fogo velho, o fogo criativo e acolhedor do outono/inverno. Nesta data comemoramos o nascimento de Ares/Marte patrono do mês romano de Martius e com o declínio da duração do dia, louvamos o fogo velho, Vulcano, pois é época de pensarmos e ficarmos mais recolhidos.
1 de agosto, este ano antecipado, a feria renovare ignum, quando o fogo incontrolável aparece no prolongamento dos dias antecipando a primavera, época das paixões e trabalhos externos, junto à natureza.
Nestas duas festas temos o período de jejum do fogo, para nos lembrarmos o desconforto de antes do domínio do fogo. Em ambas feriarum, depois do período de jejum, onde nenhum fogo é aceso, nem velas ou fogões, o fogo é recolhido do céu (com lentes) junto ao círculo de Zeus/Jupiter ou, quando está nublado, com a Pedra do Raio (sílex) e a partir deste fogo do céu (fogo divino) é que todos os fogos da casa são acesos.
Ao entardecer, depois de oferendas, este mesmo fogo do altar de Zeus acende a fogueira da festa.
*Pegando o titulo de um conto do Julio Cortázar, mas ele se adapta muito bem a este post
O fogo, ou melhor, o seu domínio, separa os homens dos animais, já que estes fogem ao menor odor de fumaça. Deixamos de ser animais ao controlar o fogo, pois este, como todos os demais elementos, pode ser tanto benéfico como altamente maléfico e destruidor.
O fascínio levou os humanos a coletar o fogo dos céus, através dos incêndios causados por raios, e com ele aquecer e proteger suas cavernas e acampamentos. Esta convivência pacífica entre o homem e os elementos nos fez ganhar as noites, antes amedrontadoras. Com a vitória sobre as trevas, os humanos não só ganharam conforto e proteção, mas também ganharam o tempo.
Esta vitória sobre o tempo permitiu que nas horas roubadas das noites eles desenvolvessem suas habilidades vocais, passando a dividir suas experiências com os outros, principalmente para os mais jovens. A narrativa oral e gestual permitiu nossa raça a distanciar-se dos selvagens e a desenvolver novas estratégias para a caça e a alimentação. Alimentos que antes eram impróprios para consumo humano, agora cozidos ampliavam o cardápio de nossos ancestrais, permitindo uma alimentação mais completa.
Portanto podemos vê-lo com uma diversidade de funções e associações e metáforas que usam o fogo como base.
No dicionário Houaiss encontramos mais de 24 significados para a palavra fogo, entre elas Paixão, Amor, Guerra, Paz ou Lar em uma sala com lareira onde uma família aquecida se reúne.
O fogo pode ser tanto luz como luz celestial, quanto as trevas subterrâneas onde as chamas castigam os ímpios, o fogo do Tártaro.
Louvamos o Fogo a partir de quatro divindades greco-romanas:
Hestia/ Vesta – O fogo purificador, o elemento em si das grandes fornalhas estelares.
Dioniso/Pater Liber – O nascido do fogo do raio, que com sua bebida, iguala a todos os homens.
Ares/Marte – O fogo paixão, o calor das batalhas, o fogo destrutivo, o amor que consome, enfim, o fogo que é difícil de controlar.
Hefesto/Vulcano – O fogo que produz, que cria maravilhas, o fogo das forjas que faz o aço, o fogo da inteligência, das artes, o fogo controlado e dosado.
Destes quatro, os dois últimos ganham importância no nosso calendário tropical como fogo novo e fogo velho. Fogo novo é o incontrolável, e fogo velho é o criativo e são lembrados em duas datas.
1 de março, feria igne leni, que é a passagem do vibrante fogo das paixões da primavera/verão para o fogo velho, o fogo criativo e acolhedor do outono/inverno. Nesta data comemoramos o nascimento de Ares/Marte patrono do mês romano de Martius e com o declínio da duração do dia, louvamos o fogo velho, Vulcano, pois é época de pensarmos e ficarmos mais recolhidos.
1 de agosto, este ano antecipado, a feria renovare ignum, quando o fogo incontrolável aparece no prolongamento dos dias antecipando a primavera, época das paixões e trabalhos externos, junto à natureza.
Nestas duas festas temos o período de jejum do fogo, para nos lembrarmos o desconforto de antes do domínio do fogo. Em ambas feriarum, depois do período de jejum, onde nenhum fogo é aceso, nem velas ou fogões, o fogo é recolhido do céu (com lentes) junto ao círculo de Zeus/Jupiter ou, quando está nublado, com a Pedra do Raio (sílex) e a partir deste fogo do céu (fogo divino) é que todos os fogos da casa são acesos.
Ao entardecer, depois de oferendas, este mesmo fogo do altar de Zeus acende a fogueira da festa.
*Pegando o titulo de um conto do Julio Cortázar, mas ele se adapta muito bem a este post
terça-feira, julho 20, 2010
Realmente estou muito Bem, Obrigado!*
As vezes olho para este blog e minhas pontas dos dedos coçam para teclar, aí penso: estou tão bem assim, vivendo minha vidinha besta, babaca e tão boa, que domino minha vontade de escrever.
Mas, é uma merda este tal de “mas”. Como deixo o blog como pagina inicial, vejo ele várias vezes por dia e, portanto o comichão de escrever publicamente tem atormentado um bocado. Ainda mais quando abro meu e-mail e vejo comentário de posts de 4 anos atrás. Sucessos póstumos, já que postagens antigas são como jornais de ontem, só servem para embrulhar peixe ou forrar o chão para pintar a casa.
Neste período de sumiço**, escrevi um livro, ressuscitei um sítio, formei uma gens (diga guens), que é um clã, para trabalhar a religiosidade Greco romana e usei as redes sociais só pra jogar farmville.
Longe dos bisbilhoteiros de plantão, do “OLHO GORDO” de pessoas que reviram a rede só pra se revoltar com o sucesso dos outros tenho vivido muito bem.
Mas, olha ele aí de novo, não falei mal do nosso querido presidente que se faz de idiota e ignorante enquanto ele e seu grupelho assaltam o país e quer nos impingir uma guerrilheira pequena burguesa que nunca trabalhou na vida, o que, condiz com a vida do nosso presidente, que nunca trabalhou de verdade.
Não falei nenhuma maledicência sobre os picaretas esquisotéricos de plantão, não chutei o balde contra os espaços esotéricos, que ainda fazem palestras e cursos idiotas a troco de comida pra cachorro, com algum imbecil pusilânime, que como um pastor evangélico quer catequizar fieis para o paganismo.
Sinto falta disso...
Assim, abro novamente as portas deste labirinto para que alguns incautos entre e se perca com as minhas palavras e minha dislexia, que nunca me deixa compreender as virgulas e outras regras gramaticais.
Enfim minha agente literária, acha que devo voltar pra rede, pois isto pode ajudar a vender meu livro.
Então... Voltei
*Não pensem em um bom pastor , olhando para esta foto. Na verdade este carneirinho é um dos gêmeos que nasceram em Aruanã. Este o branquinho se chama Almoço, o outro o malhadinho se chama Jantar.
**por incrível que pareça, o ultimo post anterior a este, só reparei agora foi publicado num 11 de setembro, era pra ter derrubado este blog.
Mas, é uma merda este tal de “mas”. Como deixo o blog como pagina inicial, vejo ele várias vezes por dia e, portanto o comichão de escrever publicamente tem atormentado um bocado. Ainda mais quando abro meu e-mail e vejo comentário de posts de 4 anos atrás. Sucessos póstumos, já que postagens antigas são como jornais de ontem, só servem para embrulhar peixe ou forrar o chão para pintar a casa.
Neste período de sumiço**, escrevi um livro, ressuscitei um sítio, formei uma gens (diga guens), que é um clã, para trabalhar a religiosidade Greco romana e usei as redes sociais só pra jogar farmville.
Longe dos bisbilhoteiros de plantão, do “OLHO GORDO” de pessoas que reviram a rede só pra se revoltar com o sucesso dos outros tenho vivido muito bem.
Mas, olha ele aí de novo, não falei mal do nosso querido presidente que se faz de idiota e ignorante enquanto ele e seu grupelho assaltam o país e quer nos impingir uma guerrilheira pequena burguesa que nunca trabalhou na vida, o que, condiz com a vida do nosso presidente, que nunca trabalhou de verdade.
Não falei nenhuma maledicência sobre os picaretas esquisotéricos de plantão, não chutei o balde contra os espaços esotéricos, que ainda fazem palestras e cursos idiotas a troco de comida pra cachorro, com algum imbecil pusilânime, que como um pastor evangélico quer catequizar fieis para o paganismo.
Sinto falta disso...
Assim, abro novamente as portas deste labirinto para que alguns incautos entre e se perca com as minhas palavras e minha dislexia, que nunca me deixa compreender as virgulas e outras regras gramaticais.
Enfim minha agente literária, acha que devo voltar pra rede, pois isto pode ajudar a vender meu livro.
Então... Voltei
*Não pensem em um bom pastor , olhando para esta foto. Na verdade este carneirinho é um dos gêmeos que nasceram em Aruanã. Este o branquinho se chama Almoço, o outro o malhadinho se chama Jantar.
**por incrível que pareça, o ultimo post anterior a este, só reparei agora foi publicado num 11 de setembro, era pra ter derrubado este blog.
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